Toda eleição é a mesma história. O sujeito diz que não gosta do PT, mas que vota em qualquer indicado pelo Lula. Passa décadas reclamando do Renan e do Sarney e escolhe um governador do PMDB. Acha o xoque de gestão dos tucanos uma piada, mas vota em um senador do PSDB porque parece um bom administrador.
A ideia de que você está votando no candidato e não no partido existe só para fazer o eleitor de bobo. Em qualquer eleição, majoritária ou proporcional, o partido quer dizer tudo. É dele que saem os aspones cujos salários você vai pagar. E esqueça o papo de independência, nem Marina Silva, de passagem pelo PSB até fundar a sua Rede Sustentabilidade, vai conseguir se livrar dos discípulos socialistas.
A maior pegadinha talvez esteja na eleição para deputado e senador. No Congresso, os partidos se organizam por bancadas partidárias. E mais de 90% das votações são ditadas pelos líderes dos partidos. Há inclusive punições para quem trai os colegas – esse pode ser um dos motivos para que a legenda peça o mandato do “infiel” na Justiça.
No Executivo, no entanto, a lógica partidária também é fundamental. Deputados da coligação do governador/presidente são privilegiados na execução orçamentária. Sem contar no preenchimento de cargos do primeiro escalão.
Essa não é uma tese de desqualificação da política, mas de aprimoramento democrático. É normal que o nome do candidato tenha peso no critério de decisão. Só não deixe que isso supere a sua afinidade com esse ou aquele partido.
E se você não tem com nenhum, comece a se decidir. Eles são bem menos iguais do que os políticos entre si.
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