Que Dilma Rousseff e Eduardo Cunha simplesmente se detestam não é novidade para ninguém. O fato novo é que, desde segunda-feira (19/10), não tem mais salamaleques na relação entre os dois. A briga é em praça pública.
É só mais um episódio medonho da política brasileira? Não. O que é medonho é o jogo de bastidores para salvar a pele de um ou outro.
É dever da presidente da República não fazer vista grossa sobre as denúncias cabeludíssimas contra Cunha. Dane-se que isso possa parecer interferência em outro poder. Como brasileira, ela precisa reprovar a bandalheira que se transformou o caso Cunha.
Assim como o presidente da Câmara tem a obrigação de ficar de olho na conduta do Executivo. Está bem claro no artigo 49 da Constituição, que cita que é competência do Legislativo “fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta”.
Mas o melhor da lavagem de roupa suja em público é que ela reduz as chances de acordo nos bastidores. Se Cunha acha que deve receber algum pedido de impeachment contra a presidente, que aceite.
Assim é papel do PT apoiar para valer o processo de cassação contra o peemedebista no Conselho de Ética.
O pior cenário para o país é continuar no impasse do mundo dos conchavos políticos. Não há bolso que agente mais seis meses de paralisia das relações entre Executivo e Legislativo, de falta de acordo para o rombo no orçamento, de pautas-bombas param aumentar o gasto público. Que haja guerra, mas que todos saibam de que lado, e com quais armas, cada um luta.
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