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Crédito: Chuniti Kawamura/AENotícias
Crédito: Chuniti Kawamura/AENotícias| Foto:
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Corria o quinto mês do primeiro mandato de Beto Richa (PSDB), em maio de 2011, quando foram retirados 850 metros de grades instaladas havia 12 anos nas praças Nossa Senhora de Salete e Rio Iguaçu, no Centro Cívico de Curitiba.

Richa não perdeu a oportunidade para fazer um belo discurso sobre o simbolismo daquela atitude:

“A praça é um local do povo, destinado às manifestações populares. Não é possível que esse espaço público fique cercado. Estamos fazendo um governo pautado pelo diálogo e a retirada das grades também simboliza o reconhecimento ao direito que todos têm de voz e liberdade.”

A declaração consta da matéria Retirada das grades abre a praça para o povo, publicada à época na Agência Estadual de Notícias do governo paranaense.

Três meses antes, a Assembleia Legislativa começava o movimento, também retirando suas grades com pompa, circunstância e odes à democracia.

“Estamos retirando as grades e libertando este espaço. Assim a população do Paraná poderá ficar ainda mais perto do Poder Legislativo e terá amplo acesso à Assembleia”, declarava o primeiro-secretário da Casa, deputado estadual Plauto Miró Guimarães.

Quatro anos depois, o Centro Cívico está sitiado por policiais militares. A ideia é evitar que movimentos liderados por professores atrapalhem a votação de mudanças na ParanáPrevidência, idealizadas por Richa.

Talvez fosse mais pacífico ter mantido as grades. O que também comprova que um mandato nas costas e uma enorme crise financeira para gerir são capazes de mudar bastante a noção de “direito que todos têm de voz e liberdade”.

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