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Em Brasília, o importante é ter Saúde (o ministério, claro)
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Alguns deputados do PMDB pareciam incrédulos no começo da semana. “Dilma está mesmo oferecendo o ÚNICO ministério que conta para um de nós?”, dizia um deles, sobre a oferta da presidente para que a bancada do partido na Câmara indicasse o comando da Saúde.

O ministério é a potência da Esplanada. Tecnicamente, é o que tem o maior orçamento (perde para Previdência Social por questões de fluxo contábil). Depois os cortes anunciados pela equipe econômica em maio, ficou com uma verba total de R$ 91,5 bilhões.

Para se ter uma ideia, Educação vem na sequência com R$ 39,4 bilhões. Se somados todos os orçamentos dos atuais seis ministérios comandados pelo PMDB (Aviação Civil, Agricultura, Turismo, Pesca, Minas e Energia e Portos), a cifra fica em R$ 8 bilhões.

Sem contar nos órgãos de segundo escalão atrelados à pasta, como a Fundação Nacional da Saúde, mais importante que dois terços da Esplanada. Também é o ministério que recebe, obrigatoriamente, 50% das emendas parlamentares.

Politicamente, é lembrado como a vitrine que catapultou José Serra como candidato do PSDB, em 2010.

Por essas e outras, apesar de o governo Dilma estar em frangalhos, a proposta fez a cobiça dos peemedebistas falar mais alto. Em Brasília, ter a Saúde continua sendo o mais importante.

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