Tudo indicava uma eleição morna, com Dilma Rousseff na boca para vencer no primeiro turno. Aí veio a trágica morte de Eduardo Campos (PSB), a entrada de Marina Silva no lugar dele e todo mundo sabe no que deu. O que ninguém entendeu direito foi como ele influenciou o cenário atual.
Campos se posicionava justamente como a antítese à polarização que aí está entre PT e PSDB. Politicamente, parecia muito mais sólido que Marina. Eleitoralmente, ela era mais forte (só não estava preparada para enfrentar a desconstrução feita pelo PT).
Uma hora ou outra Campos ia bater de frente com Aécio no segundo turno. E acho que Aécio venceria de qualquer forma (só acho).
A tragédia de Campos foi de alguma maneira o ponto de partida para a disputa eleitoral mais dura dos últimos 25 anos. O fenômeno assustou a campanha petista, que desceu ao chão para derrubar Marina (vale ressaltar que os tucanos também deram uma forcinha na pancadaria).
Com a virada de Aécio, as armas escolhidas para o segundo turno continuaram rasteiras. O povo gostou do tom, escolheu seu lado, e o discurso de ódio não parou de crescer.
A propósito, Campos era conhecido e louvado pelo poder de conciliação – deu uma surra em Jarbas Vasconcellos (PMDB) na disputa por Pernambuco em 2010 e, depois, conseguiu o apoio dele na campanha presidencial. Um pouco de Campos fará muito bem para Dilma ou Aécio depois da eleição.
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