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Ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT). Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação
Ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT). Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação| Foto:
Ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT). Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação

Ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT). Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação

O primeiro discurso em Brasília da ex-presidente da República Dilma Rousseff após seu impeachment foi direcionado a uma plateia de mulheres eleitas pelo PT em todo País. “Tietada” pelas correligionárias, a petista falou na sexta-feira (17) principalmente sobre o que ela acredita ser o contexto mais amplo “por trás do impeachment”: a tentativa de reenquadramento do Brasil no exato modelo neoliberal interrompido em 2003, com a chegada do PT ao Planalto. Também criticou ações do governo Temer e convocou a militância para as eleições de 2018.

“Se o golpe começou logo depois da minha eleição de 2014, e seu primeiro ato foi concluído em 31 de agosto de 2016, o segundo ato vai ser vivido, lutado e disputado em outubro de 2018”, lançou ela, acrescentando que “há, inexoravelmente, a possibilidade clara, factível, expressa nas pesquisas, de o Lula ser candidato a presidente em 2018”.

Mas, apesar do tom, adotado na tentativa de entusiasmar uma militância já bastante traumatizada, a própria petista não escondeu a preocupação com a situação do ex-presidente Lula, réu da Lava Jato. “Um segundo golpe que esse País pode sofrer é que eles impeçam o Lula de ser candidato a presidente. Não sei por qual método: não havendo eleição ou havendo condenação. Não quero especular. Só quero dizer que o golpe não acabou”, disse.

Governo Temer “tirou os pobres do orçamento”

A ex-presidente Dilma também fez críticas a ações do governo Temer. Falou especialmente da Emenda Constitucional 95, promulgada em dezembro, e que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Segundo ela, “tiraram os pobres do orçamento e só deixaram o pagamento dos juros”.

Também aproveitou para alfinetar a ausência de mulheres na primeira composição da Esplanada dos Ministérios da gestão Temer, ao destacar que falava ao lado da senadora Gleisi Hoffmann (PR), da deputada federal Maria do Rosário (RS), da economista Tereza Campello e da socióloga Eleonora Menicucci, todas ex-ministras do governo Dilma.

Para a plateia do 2º Encontro Nacional de Mulheres Eleitas, a ex-presidente Dilma também disse que estava orgulhosa da “participação massiva” das mulheres nos atos anti-impeachment, ano passado. “Em todos os lugares eu ganhava uma rosa, outra rosa, outra rosa. Era um gesto de desafio, de rebelião, de indignação, diante dessa mesquinharia que era impedir que o Palácio do Alvorada recebesse rosas”, apontou.

Leia mais: Dilma supera trauma do impeachment e mira candidatura “a senadora ou deputada”.

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