Luis Henrique Pellanda selecionou 15 entre quase 200 entrevistas feitas em 12 anos de jornal
Luis Pellanda é um dos grandes textos que conheci. Primeiro, vi o que ele escrevia para as letras da fabulosa Woyzeck, a grande banda que Curitiba teve em minha época de vinte e poucos anos.
Era capaz de citar Cervantes em meio a uma letra que era sobre relações de marido e mulher e deixar a coisa fluente, misturando com isso referências a religiões afro e, surpresa, fazer isso ficar pop.
Depois, vi o Luis repórter, do Primeira Hora e da Gazeta. Brilhante, deixou Antunes Filho fazer uma explicação psicodélica de sua Medeia pós-moderna em termos incompreensíveis e perguntar ao repórter se ele tinha entendido. A resposta de Luis, simples e incrível, foi: “Não”.
Agora, Luis é um homem sério, que faz literatura e corre o país em eventos sobre livros. Apaixonado, se dedica a contos, romances e textos alheios e próprios. Tudo isso resulta num conhecimento fantástico da literatura brasileira atual…
Falei muito, mas o que queria era dizer com isso que suas entrevistas com escritores brasileiros estão saindo já em segundo volume. “As melhores entrevistas do Rascunho” são editadas pela Arquipélago editorial. Nesse volume, tem Cony, Affonso Romano de SantÁnna, Ariano Suassuna e Ruy Castro, entre outros.
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