Não sou especialista em artes plásticas, e às vezes escolho umas razões bem estranhas para ter meus artistas preferidos. Descobri que uma das coisas de que gosto é de gente que sabe fazer boas cenas de interiores.
E vários dos pintores de que eu gosto se especializaram em pintar interiores com mulheres solitárias. Vermeer e Hopper são os maiores exemplo.
Dia desses, na capa de um livro, descobri outro desses. Chama Vilhelm Hammershoi. Talvez para aficcionados em arte não seja nenhuma grande novidade, pelo contrário.
Mas fiquei impressionado com o sujeito.
Dinamarquês, Hammershoi nasceu em 1864 e viveu até 1916. Parecia um sujeito muito pacato. Viveu em poucas casas e gostava de pintar o dia a dia de sua mulher, Ida.
Recentemente seu quadro com Ida lendo uma carta se tornou a obra de arte mais cada da Dinamarca (não sei se isso quer dizer grande coisa, para falar a verdade…)
Mas o que importa é que ele tinha um senso de imagem impressionante. Os tons das telas são sempre claros, tendendo para representar a calma, mas com um certo vazio. As portas da casa em que ele viveu mais tempo com Ida eram brancas, e isso se tornou uma marca das telas também.
Ele fez outros trabalhos, mas aqui selecionei quatro imagens femininas em interiores. Todas de uma calma que só na Dinamarca de 100 anos atrás talvez seja possível imaginar…
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