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Saber torcer, poder comemorar
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Ontem voltei (4/8) ao Estádio Olímipico para acompanhar as eliminatórias dos 100 m rasos masculino, a frustração de ver Fabiana Murer não passar dos 4,50 m e ver ser o Duda poderia surpreender no salto em distância.

Fui agraciada com algumas boas sortes e algumas reflexões. Entre as pequenas dádivas, vi, a dez metros de distância da pista, o jamaicano Usain Bolt conseguir a vaga na final deste domingo (5/8) largando e atrás e frouxando a passada nos últimos 10 metros (até gravei a prova, mas não vou postar porque ficou beeeeeeeeem amador. Vai uma foto da largada, mais para mostrar meu ponto de vista do que para mostrar o jamaicano).

Adriana Brum
Eliminatória dos 100 m em Londres-2012. Bolt passa fácil à final.

Vi Pistorius fazer história ao seguir para as semifinais dos 400 m e levantar o estádio olímpico. E vi uma nação incentivar e comemorar muito três ouros em uma única tarde, em um único lugar. Primeiro, os britânicos e sua família real – o príncipe Willian e sua mulher, Kate, estavam nas tribunas de honra – viram a ídolo local Jessica Ennis vencer o heptatlo. Repito: ÍDOLO no HEP-TA-TLO !!!

E o público acompanhou cada uma das sete provas, disputadas em dois dias incentivar e aplaudir a londrina. O que mais me impressionou é o conhecimento do funcionamento das provas do povo inglês. Antes mesmo de os resultados de cada salto, arremesso ou corrida aparecer no telão, eles já estavam comemorando ou lamentando o resultado.

Antes das provas de corrida, um sonoro “ssshhhhhhhhhhhhhhhhh !!” pedindo silêncio ecoava pelo estádio, para que os atletas pudessem fazer a melhor largada possível. Os 85 mil lugares também estiveram cheios para ver Mo Farrah disparar na reta final dos 10 000 metros.

Uma arrancada que só foi possível pelo incentivo do público. Assim como o desconhecido Greg Rutherford, atleta britânico sem muita expressão no circuito mundial conseguiu saltar 8,31 m e ficar com o terceiro ouro inglês da tarde no Estádio Olímpico. Foi muito emocionante. O estádio vindo abaixo, em uma comemoração ensurdecedora.

Não consigo pensar em outra coisa a não ser no poder do “fator casa”. E como nós, no Brasil, vamos receber nossos atletas em 2016. Será que com tanto conhecimento do funcionamento das provas? Com tamanha capacidade de incentivar o melhor de cada um ou exercendo pressão pelo resultado.

Na saída da prova, com o sétimo lugar e o melhor salto de 8,01m, Duda elogiou o comportamento dos ingleses. “Não são nada frios, como costumam dizer. E valorizam o atleta. Eles sabiam o resultado de cada um de nós e, ao final da prova, nos aplaudiam, olhando nos nossos olhos, como que parabenizando, por entender o esforço de cada um de nós”.

Fantástico, não?

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