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Neste último post não poderíamos deixar de fazer uma previsão para 2013 em relação aos projetos de tecnologias nas escolas. As previsões, oficiais, são:

– Municípios estão aderindo ao programa um computador por aluno e adquirindo computadores para seus alunos e professores.
– Ministério da Educação, em parceria com as secretarias de Educação dos Estados, irá distribuir tablet para os professores do ensino médio.
– Alguns estados e municípios comprando e instalando lousa digital nas escolas.
E a previsão de formação de professores para o uso destas tecnologias qual é?
Numa rápida análise de alguns destes projetos existe a previsão de se realizar treinamentos e não cursos de formação para os professores, ou seja, irão apenas adicionar alguma técnica ou conhecimento à técnica de que o profissional já dispõe, fazendo um treinamento instrumental. Já temos resultados de pesquisa que apenas treinar o professor não adiantará, pois isto não implicará, necessariamente, numa mudança de atitudes ou de valores na sala de aula. Já comentei isto em um post anterior.

Lutarei para que em 2013 se pense em formação e não mais em treinamento. Na formação, devemos, ao menos, propiciar meios para que haja uma mudança na forma do professor ver a sua prática, entender o processo de ensino- aprendizagem e assumir uma nova postura como educador.
Defendo a necessidade dos professores adquirirem uma compreensão das relações entre as tecnologias e a sociedade, além de uma visão crítica dos diferentes usos de tablet, computadores, lousas digitais na educação.

Para as equipes de gestores que ficarão responsáveis pela formação dos professores em 2013 aconselho a se prepararem tanto nos aspectos ligados as tecnologias quanto nos aspectos pedagógicos da utilização destas tecnologias em ambientes de aprendizagem. Essa formação deve ter como referência o papel político-pedagógico esperado do professor, para tanto proponho o desenvolvimento de programas de formação de professores que não repitam o modelo tradicional, mas incentivem tanto o trabalho independente quanto o cooperativo nas escolas.

Desafio os gestores educacionais das secretarias estaduais e municipais de educação a refletir sobre sua ação, planejando e elaborando uma proposta de formação para seus professores comprometida com a qualidade da aprendizagem para que este professor tenha condições de utilizar pedagogicamente, com coerência, qualquer recurso tecnológico que se coloque a sua frente.

>> Glaucia Brito é professora do Departamento de Comunicação Social e dos Programas de pós-graduação em Comunicação (PPGCOM) e Educação (PPGE) da UFPR, pesquisadora em Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.

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