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(Foto: Acervo)

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O bullying não é algo recente, muito embora nas últimas décadas tenha se tornado mais visível para a sociedade e em especial nos últimos anos como pauta frequente nos debates sobre Educação. É válido ressaltar que o bullying é um fenômeno mundial que atinge crianças, adolescentes e jovens de diferentes faixas etárias e classes sociais.

A LBD – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira aponta em seu artigo 2º que: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Este artigo nos permite refletir, em especial, sobre como estamos atuando com nossos educandos diante dos princípios da solidariedade humana e preparo para o exercício da cidadania. Percebe-se que é função da escola discutir, assumir e mediar as situações de bullying que ocorrem com os (as) educandos (as) nos espaços físico e/ou virtual, este último denominado Cyberbullying. A omissão que ocorre em alguns espaços educativos, divulgadas na mídia ou em redes sociais pelos próprios educandos tem evidenciado a fragilidade de educadores e gestores para lidar com o fenômeno. Diante destas afirmações, torna-se necessária a capacitação e a sensibilização para tais enfrentamentos cotidianos.

O bullying torna-se sintoma de uma sociedade violenta, egocêntrica, individualista, classista, que compreende as relações de convívio pelo prisma do poder e da força. Além de discutir o fenômeno em si, é fundamental discutir como a organização do currículo escolar pode atuar para superá-lo. Como o corpo técnico e educadores interpretam e atuam frente as situações ocorridas nestes espaços. A Política Pública de Educação tem papel fundamental para superação deste fenômeno, pois a escola e demais espaços educativos podem contribuir com a formação de sujeitos mais críticos e respeitosos, justos e solidários, expandindo tais reflexões para o território no qual está inserida a unidade educacional.

No mês em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola vale ressaltar o papel fundamental da escola para superação do bullying promovendo formações, ações e debates que envolvam toda a comunidade educativa.

É imprescindível, portanto, discutir suas causas, consequências, mas, acima de tudo promover o diálogo nestes espaços. Superar o bullying via Educação para paz, significa criar relações efetivamente dialógicas, fomentar espaços educativos nos quais exista lugar para o afeto, criatividade, sensibilidade e humanidade. Educar para a paz não implica em docilizar pessoas, anulando conflitos, mas sim utilizar o diálogo como forma de mediação de conflitos. Significa ser esta uma opção não apenas curricular, mas uma forma de conceber as relações e a própria vida.

*Artigo escrito por Ana Cristina da Silva, assessora social da Rede Marista de Solidariedade, do Grupo Marista. O Grupo Marista é colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia. 

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