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(Imagem:  Divertidamente, Pixar, 2015)
(Imagem: Divertidamente, Pixar, 2015)| Foto:

O século 21 trouxe com ele uma série de desafios no que diz respeito à formação e às carreiras. Hoje, o mercado e a sociedade requerem pessoas inteligentes emocionalmente, que saibam se posicionar diante de situações difíceis, resilientes e tolerantes. De acordo com um estudo conjunto entre o Instituto Ayrton Senna, Instituto Paulo Montenegro, Ação Educativa e Rede Conhecimento Social, que relaciona índices de alfabetismo e competências socioemocionais em adultos brasileiros, investir no desenvolvimento dessas competências na escola pode ter efeitos econômicos e sociais de longo prazo. O estudo usou dados coletados em 2015 pelo Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (Inaf), que mensura o nível de alfabetismo funcional da população brasileira entre 15 e 64 anos e mostra que a maior parte da população adulta tende aos níveis de escolaridade e de alfabetismo funcional de seus pais. No entanto, há também uma parcela significativa de 21% dessa população que consegue obter altos níveis de realizações (indicados por alfabetismo, escolaridade e renda), a despeito das condições familiares. Essa parcela se caracteriza também por uma maior pontuação nas três competências socioemocionais pesquisadas.

Mas, enquanto o mundo abre espaço e cobra que os jovens sejam protagonistas de seu próprio desenvolvimento e de suas comunidades, o ensino tradicional ainda responde com modelos formatados apenas para conteúdos didáticos. Isso pode gerar adultos que se debatam para  trabalhar em equipe, por exemplo na vida profissional,  que tem tendência ao individualismo  e à competitividade. Não é isso que se espera numa sociedade e parece-me que é o mal do mundo atual.

 

Segundo a educadora Maria Montessori, a educação não deve enfocar funções, faculdades, ou habilidades específicas, mas a personalidade como um todo. Ainda no século passado, ela falava sobre a necessidade de trabalhar com as crianças, desde a idade mais tenra, o desenvolvimento socioemocional para a construção do homem no futuro. E de que forma isso acontece na prática? Como crianças pequenas podem desenvolver essas habilidades e encarar o mundo de forma diferente? Algumas ações práticas são:

 

 

 

 

 

Este processo de desenvolvimento de competências socioemocionais na escola, permite que crianças e adultos aprendam a colocar em prática as melhores atitudes e habilidades para controlar emoções, alcançar objetivos, demonstrar empatia, manter relações sociais positivas e tomar decisões de maneira responsável, entre outros. No trabalho diário o objetivo deve ser de desenvolver a autonomia, a consciência de si mesmo e de que há outro e este deve ser respeitado. É assim que se forma o cidadão proativo, que sabe trabalhar em equipe, que toma decisões tendo em vista o bem comum, que é criativo e não coloca a competição como máxima da vida. A longo prazo a gente vê que essa proposta forma pessoas mais conscientes e humanas, que sabem respeitar os limites. Sabem conviver com liberdade e responsabilidade. Nosso papel é colaborar com a formação de pessoas capazes de tornar o mundo um lugar melhor.

 

*Artigo escrito por Juliana Boff, coordenadora do Sion Solitude e Aura Valente, supervisora do Sion. O Colégio Sion colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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