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(Imagem: Paixão/Gazeta do Povo)
(Imagem: Paixão/Gazeta do Povo)| Foto:
(Imagem: Paixão/Gazeta do Povo)

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A adolescência é uma fase diferenciada da vida, marcada por transformações profundas que vão além do corpo, alterando também a visão de mundo do indivíduo. Surgem novas experiências afetivas e sexuais, escolhas profissionais, desafios e possibilidades para quem está adquirindo uma autonomia crescente e vive em um mundo a se desvelar.

Entre as mudanças mais perceptíveis dessa fase estão as corporais, que trazem novas experiências de afetividade e sexualidade, causando, às vezes, conflitos com o próprio corpo e com os desejos. As novas experiências são intensas, paixões e desilusões, muitas vezes, aceleradas pelos apelos eróticos abundantes da sociedade contemporânea. Para os adultos pode ser desafiador conversar sobre esse assunto, mas é importante para o adolescente ter espaços de reflexão que, além do físico, considerem a expressão afetiva, de emoções e sentimentos.

Outro desafio dessa fase está relacionado às decisões profissionais, existindo pressão da sociedade e da família para que elas ocorram, aliados ao desejo de independência financeira e de aumento do seu poder de consumo. Essas escolhas são aliadas às possibilidades de cada família e à construção de um projeto de vida, que normalmente ainda não está claro. O apoio de adultos equilibrados nas reflexões sobre o trabalho como uma parte fundamental do projeto de vida e na identificação das habilidades e sonhos, contribui para que eles possam fazer escolhas mais assertivas.

Nessa fase, a família deixa de ser a única referência e a turma de amigos passa a ter um novo valor. Para os adultos, a convivência com adolescentes também pode ser desafiadora, pois muitas vezes eles se mostram rebeldes, distantes, ou intransigentes, e frequentemente nos deparamos com pessoas que não conseguem ter relações de qualidade com os jovens. Desencontros que podem gerar ausência de apoio dos adultos nessa fase tão importante da vida.

Embora uma parte das pessoas veja os jovens com enfoque nas dificuldades e defeitos, nos projetos da Gente de Bem também temos a oportunidade de ver o quanto eles são transformadores, criativos, competentes e bem intencionados. Para isso, como adultos, precisamos estar com eles de verdade, sendo exemplos positivos, abertos para escutá-los e apoiá-los não como crianças grandes, nem como adultos, mas como indivíduos que estão passando por uma fase intensa, de mudanças e escolhas.

>> Artigo escrito por Luciano Diniz, coordenador geral da Associação Gente de Bem, instituição que desenvolve formações para adolescentes, educadores e familiares baseadas nas concepções de educação integral transformadora. A Associação Gente de Bem colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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