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(Foto: Gustavo Gargioni / fotospublicas.com)

As tecnologias digitais utilizadas na educação aproximam ainda mais a comunicação da educação não apenas em interface, mas contribuem para a convergência que interliga esses campos. Hoje, essas ciências estão entrelaçadas e fazem parte da cultura e da prática social contemporânea. Essa aproximação não minimiza as especificidades de cada área, mas mostra que as ciências estão ocupando lugares comuns.

A comunicação não pode mais ser vista apenas como a comunicação de massa, da indústria cultural que se instaura a partir da revolução industrial e que apresenta uma racionalidade técnica construída. Assim como a educação, por sua vez, não precisa ser vista apenas como a educação escolar, que é formal e faz parte de uma escola tradicional.

Embora ainda haja um processo que se configura como separatista em que a comunicação, de forma simplista, é vista como sinônimo dos meios e estes, por sua vez, ainda são apontados apenas como recurso tecnológico de entretenimento e que a escola é o espaço destinado ao conhecimento, surge a necessidade de fazer com que essas ciências se aproximem de forma efetiva na interação e concretização desse relacionamento.

As mídias externamente ao espaço escolar ajudam a consolidar este estigma, principalmente ao considerar que a programação de uma emissora de televisão, por exemplo, está vinculada ao entretenimento e ao lazer, enquanto a escola é lugar de coisa séria, embora considerada monótona e por vez repetitiva demais por parte dos educandos. Desta forma, nega-se a existência de uma consonância e de possibilidades de integração dessas áreas. Nesta visão simplista, aponta-se para caminhos distintos. Assinala-se apenas para utilização de suportes semelhantes por estas ciências que acontecem no emprego da mesma tecnologia, enquanto os processos sociais que envolvem essas áreas do conhecimento vão além, são mais amplos e se fundem em um novo campo.

Portanto, não há mais a necessidade de se demarcar limites entre a educação e a comunicação, se não perde tanto uma quanto outra. A comunicação que se associa apenas à comunicação de massa e a educação que só se valida no ensino tradicional, que é o ensino da transmissão.

Em síntese, é possível arquitetar este campo como área de pesquisa, área a se pensar, que não é nova, mas que necessita de contribuições. Trata-se de um campo transdisciplinar que se expande, que transcende a educação escolarizada e a comunicação midiática e se institui em uma cultura educativa midiática.

>>Artigo escrito por Suyanne Tolentino de Souza. Jornalista, doutoranda no programa de pós-graduação em Educação da PUCPR, é professora do curso de Comunicação Social da mesma Universidade. Pesquisadora na área de mídia audiovisual e educação.

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