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Existe algum fator, algum elemento não tangível que motiva tantas ações no setor da educação especial. Escutamos muitos depoimentos de pessoas que trabalham neste segmento há muitos anos, diversas vezes em condições precárias e com salários abaixo do piso, pagos não raramente com atraso. Entretanto, encontramos professores, atendentes, clínicos, diretores e outros funcionários que dedicam seus tempos com o máximo de esforço em prol dos alunos.

Esta vontade de ajudar aquele que necessita, de estar presente quando outros desejam a distância é o fator que faz com que a educação de pessoas com deficiência possa ser chamada de educação especial. O adjetivo “especial” não se refere apenas ao aluno, mas àqueles que fazem com que toda a obra aconteça. Estes colaboradores buscam muito mais do que um salário no final do mês: procuram dar o melhor de si em suas profissões e serem úteis dentro daquilo que acreditam.

Observamos que é fundamental que a instituição (a Escola) dê vazão e razão a esta vontade do profissional e direcione esta motivação. A liderança de uma escola especial deve construir em conjunto com sua equipe as diretrizes organizacionais: missão, visão e valores, e, após isso, traçar objetivos claros e definir o papel de cada um neste caminho. Não se trata apenas um planejamento estratégico padrão, pois a motivação da maior parte da equipe é diferente do que em uma empresa qualquer.

Observemos o exemplo da Escola São Camilo, localizada no bairro Santa Cândida, em Curitiba, que realizou com um voluntário a construção conjunta da sua missão, visão, valores e objetivos estratégicos. A iniciativa resultou em um aumento significativo das notas da pesquisa de clima organizacional realizada pela ASID (Ação Social para Igualdade das Diferenças), comparando os anos de 2013 e 2014. O orgulho da equipe de pertencer à instituição e a motivação aumentaram 10%, já a avaliação de reconhecimento e clareza dos princípios e valores da escola aumentaram 20%.

Desta forma, propomos às lideranças de outras escolas especiais que busquem construir objetivos compartilhados, que criem meios dos seus profissionais darem vazão ao potencial existente. Com mais motivação, satisfação e oportunidades será construído um futuro especial para Educação.

>> Artigo escrito por Alexandre Schmidt de Amorim diretor de Projetos e fundador da  Ação Social para Igualdade das Diferenças –  ASID, organização social que trabalha para melhorar a gestão das escolas de educação especial gratuitas, resultando na melhoria da qualidade do ensino e na abertura de vagas no sistema. A ASID colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

 >> Quer saber mais sobre educação, mídia, cidadania e leitura? Acesse nosso siteAcompanhe o Instituto GRPCOM também no Facebook: InstitutoGrpcom e no Twitter @InstitutoGRPCOM

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