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(Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo)
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(Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo)

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O acesso à internet, assim como o acesso à água, à luz foi declarado direito humano básico pela ONU este ano. Fato que foi reforçado pelo relator dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Frank la Rue, no dia 17 de julho de 2014, em San Salvador, El Salvador, durante a Sétima Reunião Regional Preparatória para o Fórum de Governança da Internet.

Uma das reflexões em destaque nesta reunião foi sobre o papel da internet como apoio ao crescimento econômico local. A conclusão é de que nos locais onde é disponibilizado mais acesso à rede, maior é a possibilidade de alfabetização para as crianças, assim como o acesso ao ensino superior para os jovens, além de maior desenvolvimento econômico para as mulheres e suas famílias.

E o que a ESCOLA tem que ver com isso? E a EDUCAÇÃO no meio destes movimentos? Por que esses temas nos interessam? 

Primeiramente, porque como grupo de pesquisa, o Gepete (Grupo de Estudos, Professor, Escola e Tecnologias), da UFPR, possui como foco a formação de professores e sua inclusão digital e também porque somos professores e professoras do nosso tempo, e se nossos alunos hoje leem e escrevem em suportes digitalizados, se é na e a partir da internet que também se dá a sua leitura e interpretação do mundo, é na INTERNET que como professores, também devemos estar com eles.

A “alfabetização digital” é fator e processo que deverá ser levado em conta em todos os níveis pelos sistemas de governança da rede e também pela escola. Devemos garantir o acesso, mas tendo a consciência formal de que o acesso por si só não garante os processos de alfabetização, são necessárias as mediações sociais para que haja a efetiva transformação da informação em conhecimento.

A rede se tornou uma ferramenta indispensável para a realização de uma série de direitos humanos, combatendo a desigualdade e acelerando o desenvolvimento e progresso, por isso garantir o acesso universal à internet deve ser uma prioridade em todos os estados e níveis de governança de rede. Temos países de exemplo que já possuem essa determinação como lei: México, França, Finlândia, Estônia e, recentemente, o Brasil com o Marco Civil da Internet.

A escola, portanto, não pode ignorar que a competência para se utilizar os recursos da internet traz ao usuário contemporâneo a possibilidade de reinventar seu cotidiano, bem como estabelece novas formas de ação na e para a sociedade em rede. 

*Escrito por Ariana Chagas Gerzson Knoll e Glaucia da Silva Brito. Ariana é doutoranda do Programa de pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Glaucia é professora do Departamento de Comunicação Social e dos Programas de pós-graduação em Comunicação (PPGCOM) e Educação (PPGE) da Universidade Federal do Paraná – UFPR, pesquisadora em Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação. As profissionais colaboram voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia. 

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