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(Foto: Nova Escola)
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Velocistas, dentro do atletismo, são os especialistas em corridas de velocidade de curta distância, a mais famosa de 100m rasos. Podemos exemplificar com nomes como do jamaicano UsainBolt, (28 anos; 1,98m de altura; 94 kg), ou do também jamaicano Asafa Powell (32 anos, 1,90m de altura; 87 kg), até mesmo o brasileiro Robson Caetano, hoje com 50 anos, mas na época de atividade tinha 82 kg e 1,89m.

Maratonistas, no mundo do atletismo, são atletas especializados em correr grandes distâncias (Maratona Olímpica: 42.195km). Nesse caso, podemos citar nomes como do ugandense Stephen Kiprotich (26 anos; 1,72m; 56 kg), a britânica Paula Jane Radcliffe (41 anos;1,73m, 54 kg) ou do nosso querido Vanderlei Cordeiro de Lima, hoje com 45 anos, mas quando em atividade tinha 54 kg distribuídos em 1,68m.

É evidente que essas características físicas, e por que não as psicológicas também, são definidas ao longo dos anos e de duros treinos. Entretanto, nos saltam aos olhos as medidas específicas bem como o porte atlético que cada modalidade exige. Simplificando, os atletas velocistas, pelas próprias necessidades de explosão muscular e de arranque, têm um porte mais avantajado, na outra ponta os atletas fundistas têm corpos adaptados às corridas de grandes distâncias.

Enfim, a questão aqui é refletir o que as escolas produzem frente ao o que a sociedade precisa e o que o mercado de trabalho exige. Precisamos nos questionar se a Escola não está entregando um velocista, que percorre o circuito de 100m em menos de 10 segundos, quando é necessário um fundista para percorrer 42 quilômetros em torno de duas horas, ou o contrário.

Ainda dentro da obviedade, precisamos pensar que se for para produzir “velocistas”, os professores devem entender muito sobre essa categoria e as instituições também. No outro caso, se for para produzir “maratonistas”, o mínimo desejável, é que os professores sejam especialistas nessa tipologia e que as escolas forneçam os meios necessários. E, também, que a política governamental para a Educação seja séria e comprometida.

Então, vejamos a questão de perto. As dessincronias entre as escolas, os professores, os alunos e o mercado, dentro de uma aproximação econômica, nos faz pensar de forma preocupante acerca da competividade, em diversos níveis de nosso país frente às demais nações influentes mundialmente.

É evidente que precisamos acertar os passos dos relógios para que possamos então caminhar no mesmo ritmo. Pois, como diz Castells, “a vida é fluxo”, portanto, precisamos seguir em frente e no mesmo caminhar.

*Artigo escrito por Guilherme Lemermeier Rodrigues, licenciado em Matemática, especialista em Ensino de Matemática e mestre em Educação. Também é professor na Universidade Positivo, instituição associada ao Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR). O SINEPE é colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.  

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