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(Foto: SPVS)
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(Foto: SPVS)

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Uma das formas de perceber se uma área natural ou reserva está bem conservada é observar se espécies da fauna nativa habitam o local. Câmeras instaladas na mata e identificação de pegadas são maneiras de fazer o registro desses animais.

Seguindo essa premissa, o projeto de pesquisa e conservação de grandes mamíferos no Corredor Serra do Mar do estado do Paraná e sul de São Paulo identificou, através de armadilhas fotográficas, a presença de grandes mamíferos ameaçados de extinção em áreas de preservação.

As imagens mostram, entre outras espécies, um puma (Puma concolor), uma anta (Tapirus terrestris) e um queixada (Tayassu pecari) em seu habitat natural. Um dos motivos para este último, também conhecido como porco-do-mato, estar ameaçado vem do fato de ser muito visado para a caça. Pesando cerca de 35 quilos, ele se alimenta de frutas, sementes, raízes e folhas, além de pequenos animais, como minhocas, sapos, cobras e ovos de aves.

Já a anta, o maior mamífero terrestre da América do Sul, pode chegar a pesar 300 quilos. Também é uma espécie que pode desaparecer em áreas alteradas ou que sofrem pressão de caça. Herbívora, a anta tem hábitos solitários e costuma ser vista à noite. Ela é muito importante no meio natural, assim como o queixada, pois atua como dispersora de sementes, ou seja, ajuda na regeneração e manutenção da floresta.

Segunda maior espécie de felídeo do Brasil, perdendo apenas para onça-pintada (Panthera onca), o porte do puma chama a atenção. Rápidos e grandes, os pumas chegam a 2,30 metros de comprimento, pesam cerca de 50 quilos e habitam uma variedade de ambientes. Grandes felinos são importantes por serem predadores de topo da cadeia alimentar controlando as populações de suas presas, como tatus, catetos, capivaras e outros.

Os vídeos são um passo importante na primeira fase do projeto, que pretende fazer um levantamento da ocupação atual de grandes mamíferos na região da Serra do Mar. “Pretendemos promover o engajamento das áreas protegidas, da comunidade local e dos centros de pesquisa nas ações de monitoramento, pesquisa e conservação da biodiversidade em um dos maiores remanescentes contínuos de Floresta Atlântica do Brasil”, explica o biólogo coordenador do projeto e pesquisador da vida selvagem, Roberto Fusco Costa. “Ainda esperamos fazer o registro da onça-pintada, que está em situação crítica de extinção na Floresta Atlântica”, completa ele.

Ao identificar os locais onde os mamíferos ameaçados de extinção sobrevivem nessa região, a pesquisa poderá definir áreas prioritárias para conservação. Além disso, será elaborado um plano de ação para o monitoramento integrado das espécies que permita avaliar a efetividade de conservação do Corredor Serra do Mar. O projeto está vinculado à Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) em parceria com o Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) e conta com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

*Artigo escrito pela equipe da ONG Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS, parceira do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.

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