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Estação Ecológica de Guaraqueçaba é incluída na lista de ambientes de importância internacional para conservação de zonas úmidas
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Completando 473 anos este mês, Guaraqueçaba tem mais um motivo para se orgulhar: a Estação Ecológica Federal de Guaraqueçaba é reconhecida desde o ano passado como um sítio Ramsar. Ela passa a integrar, portanto, essa seleta lista que identifica áreas naturais reconhecidas internacionalmente por sua importância para a conservação de regiões úmidas e favorece a obtenção de apoio internacional para o desenvolvimento de pesquisas, o acesso a fundos internacionais para financiamento de projetos e a cooperação de diversos países para a proteção da biodiversidade desses locais.

A Estação Ecológica de Guaraqueçaba foi criada em 1982 como uma Unidade de Conservação de proteção integral, ou seja, não é possível estabelecer residência dentro de seus limites, sendo permitido apenas o uso indireto de seus recursos naturais, em atividades como pesquisa científica e visitação com objetivo educacional. Seus mais de 4 mil hectares protegem manguezais, restingas e ilhas do bioma Mata Atlântica, onde vivem mais de 300 espécies de aves, entre elas o papagaio-de-cara-roxa, o guará, o savacu-de-coroa e o gavião-caranguejeiro, além de outras espécies ameaçadas como o mico-leão-da-cara-preta e o boto cinza.

A Estação fica dentro da Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba e faz parte do maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do mundo, região que vai do Litoral Sul de São Paulo até o litoral norte de Santa Catarina. Junto da Estação Ecológica Federal de Guaraqueçaba, outras seis Unidades de Conservação brasileiras foram incluídas na última atualização da lista de Sítios Ramsar: o Parque Nacional do Viruá (Roraima), o Parque Nacional de Anavilhanas (Amazonas), a Reserva Biológica Federal do Guaporé (Rondônia), a Estação Ecológica Federal do Taim (Rio Grande do Sul), o Parque Nacional e APA de Fernando de Noronha (Pernambuco) e o Lund-Warming, que faz parte da APA Federal Carste Lagoa Santa (Minas Gerais).

Com as novas áreas incluídas, o Brasil tem agora 20 Sítios Ramsar. O país também é o número um no mundo em atrativos naturais, segundo o último ranking do Fórum Econômico Mundial. Esses números expressivos mostram  a importância do progresso nacional em políticas para conservação da natureza, uma necessidade reconhecida pelos diversos países participantes da Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional. Diante da preocupação global com a crise hídrica – que já é uma dura realidade em diversas cidades do planeta – e as mudanças climáticas, os remanescentes brasileiros, em especial os de biomas gravemente ameaçados como é o caso da Mata Atlântica no Litoral Paranaense, são peças-chave para o combate a esses problemas.

 

*Artigo escrito pela equipe da OSC Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS, parceira do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.

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