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Imagem: www.sxc.hu

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Apontada como uma possível saída para os problemas globais crônicos, a educação está cada vez mais presente na agenda da sociedade e das empresas. A erradicação da pobreza, a escassez de recursos naturais e a obsolescência do modelo econômico são alguns conflitos que poderiam ser em parte solucionados com uma formação mais voltada a valores como ética e responsabilidade corporativa.

Na agenda da Organização das Nações Unidas, dentre várias ações e programas de ordem global, a instituição conta com dois programas que abordam a formação de líderes responsáveis, capazes de inspirar transformações necessárias na busca de soluções para os problemas globais crônicos. O Pacto Global – que inspira o setor empresarial em relação à responsabilidade para com o futuro do planeta, e também os Princípios para Educação Empresarial Responsável (PRME) – que estimula instituições de ensino a implantarem e promoverem a sustentabilidade dentro de seus programas.

Sobre a necessidade de despertar esta consciência, o estudo Rethinking the MBA: Business Education at a Crossroadspromovido pela Association to Advance Collegiate Schools of Business (AACSB) é outra prova dessa lacuna entre o ensino e a realidade. Desenvolvido pelas principais escolas de negócio do mundo, o documento (entre outros debates) demonstra a crença, por parte do mercado, de que os currículos dos MBA’s estão aquém da demanda, no que diz respeito a valores humanos voltados à sustentabilidade.

As instituições brasileiras ainda estão despertando para essa realidade. Para se ter uma ideia, o Brasil tem a maior rede de signatários do mundo – tanto que é o único país a contar com um capítulo do PRME específico – mas têm apenas 22 instituições signatárias. O fato positivo é que o Paraná tem uma grande representatividade na rede, uma vez que do total de signatárias 12 são paranaenses.

Nesse sentido, é preciso rever o método que vem sendo utilizado para formar nossos futuros líderes. Precisamos estar atentos e disseminar cada vez mais práticas sustentáveis. Porém, mais do que ensino, nossos estudantes precisam de inspiração para aprender e, assim, alcançar o que a Unesco chama de 5.° Pilar da Aprendizagem: “Aprender a se transformar e a transformar a sociedade”.

Acreditamos assim que o papel de integrar as instituições do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE) e do seu Núcleo de Instituições de Ensino traduz o reposicionamento assumido pelas empresas e instituições educacionais do Paraná. É um exemplo inspirador de ações integradas com resultados sinérgicos.

 

Artigo escrito por Norman de Paula Arruda Filho – Presidente do ISAE/FGV, membro da diretoria do Comitê Brasileiro do Pacto Global e presidente do PRME Chapter Brazil da ONU. O ISAE/FGV é membro do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.

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