O mapeamento da vegetação é um elemento chave na avaliação dos ecossistemas, visto que seu estado de conservação e cobertura espacial define a existência ou não de habitats para as espécies e a manutenção dos serviços ambientais. Isso explica a importância do mapeamento da cobertura vegetal do litoral do Paraná.
A região é uma das áreas mais importantes para a conservação da Mata Atlântica e, mundialmente, uma das áreas prioritárias para a conservação, cuja viabilidade necessita de ferramentas como essa.
O trabalho foi realizado pelo InBioVeritas, grupo de instituições constituído pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Universidade Federal do Paraná, Museu de História Natural Karlsruhe e Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.
Foram dois anos e meio de produção do material, que engloba mais de 600 mil hectares. Trinta tipologias de vegetação e uso do solo, incluindo diferentes idades de regeneração natural da vegetação, foram classificadas.
O diferencial do mapeamento são a escala e a legenda mais detalhadas das diferentes tipologias vegetais, sem precedentes em uma área dessa extensão – o mapeamento foi subdividido em 56 cartas na escala 1:25.000. Isso permite um uso mais abrangente da ferramenta, indispensável para aplicações no campo do planejamento e da conservação ambiental. Quanto maior o detalhamento, mais aplicabilidade um mapeamento tem em ações de conservação.
Entre suas múltiplas utilidades, estão o monitoramento e o controle ambiental, planejamento e manejo de unidades de conservação, valoração de serviços ecossistêmicos, manejo de bacias hidrográficas, caracterização de habitats, estudos de ecologia da paisagem, definição de áreas prioritárias para a conservação, embasamento para a criação de Unidades de Conservação (UC) e gestão territorial, como os zoneamentos ecológicos econômicos e planos diretores dos municípios.
Indiretamente, o mapeamento pode ser utilizado em pesquisas variadas ou por projetos da área ambiental. Um exemplo é o Projeto de Conservação do Papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), que usou a informação para entender melhor quais os tipos de extensão da vegetação a espécie utiliza para se alimentar e se abrigar, direcionando as ações de conservação para a espécie.
O mapeamento também pode ser utilizado diretamente pelas UCs públicas, pois cerca de 70% delas não possuem plano de manejo, assim, diminuindo custos significativos para sua elaboração.
*Artigo escrito pela equipe da ONG Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS, parceira do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.
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