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ONG tem dono?
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Nesta semana, uma das principais notícias tratadas na mídia foi a acusação ao Ministro do Trabalho Carlos Lupi de usar um jato alugado pelo “dono” de uma ONG que tem contratos com seu ministério.

Sem entrar no mérito da questão, a proposta deste texto é abordar a nomenclatura usada nas reportagens: “Dono de ONG”.

Primeiro precisamos conceituar o que é uma ONG: Organização Não Governamental, título este surgido na década de 50 e que no Brasil é utilizado para representar as associações sem fins lucrativos que têm como finalidade desenvolver projetos e iniciativas para o bem comum. São entidades privadas em que todo o recurso financeiro deve ser revertido para a causa que o grupo decidiu atuar.

Estas associações são personalidades jurídicas, caracterizadas pelo agrupamento de pessoas para a realização e consecução de objetivos e ideais comuns. Deste modo não podem ter “donos”.

Este erro de nomenclatura é uma mostra da falta de conhecimento acerca do Terceiro Setor, gerando muitos equívocos, inclusive preconceito em relação a estas organizações. A falta de conhecimento resulta em decretos e comunicações sobre o terceiro setor que geram sentimentos de antipatia por parte da sociedade.

Antes de tudo, uma ONG é formada por voluntários que desejam, em grupo, solucionar algumas questões da sociedade. O uso indevido desta forma jurídica de organização não pode ser considerado o normal num cenário que envolve mais de 400 mil organizações.

Estar atento às notícias e decisões dos governantes é essencial para fortalecermos a democracia. Erros conceituais podem gerar ações não produtivas para a sociedade! É importante que estejamos sempre atentos!

*Artigo escrito pela equipe do CAV, instituição parceira do Instituto GRPCOM

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