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(Foto: Renato Rizzaro)
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(Foto: Renato Rizzaro)

(Foto: Renato Rizzaro)

Uma simples pegada de animal encontrada na terra é um sinal importante para entender como está a situação ambiental de uma Floresta. Dependendo da espécie encontrada, pode ser um indicativo de que a área está em bom estado de conservação. Várias áreas adotadas pelo Programa Desmatamento Evitado, desenvolvido pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), apresentam registros frequentes desses vestígios: recentemente, houve registro da passagem de um puma no interior do Paraná.

Desde que foi criado, em 2003, o programa faz a ponte entre empresas interessadas em adotar áreas naturais e os proprietários dessas áreas. As empresas auxiliam financeiramente a propriedade apoiada, viabilizando ações de manejo que auxiliam na conservação do ambiente. A SPVS faz todo o acompanhamento técnico desse processo, elabora um plano de manejo para cada área, de acordo com suas peculiaridades e oferece orientação aos proprietários, para que eles mesmos se envolvam e sejam ativos na conservação da biodiversidade.

Além disso, faz visitas de monitoramento aos locais adotados. É durante essas visitas que muitas vezes os técnicos fazem registros dos “passeios” dos animais. “O interessante é que às vezes o proprietário fica tão entusiasmado com a ideia de ter aqueles animais vivendo na área que toma a iniciativa de instalar armadilhas fotográficas para fazer esse registro”, explica o Técnico Responsável pelo Programa, Marcelo Bosco Pinto.

A sensibilização dos proprietários com a questão ambiental também pode ser percebida pelo interesse do proprietário em ver suas áreas transformadas em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN). Das 33 áreas apoiadas pelo Programa Desmatamento Evitado – que somam aproximadamente 5 mil hectares – 12 já são ou estão em processo de criação de RPPNs. “Para eles é um grande incentivo, pois podem ter aquela área conservada não apenas naquele momento, mas perpetuar a ideia para as futuras gerações”, comemora Marcelo.

O programa é um modelo de Pagamento de Serviços Ambientais (PSA), pois trabalha de forma direta com a conservação da biodiversidade. A parceria entre o proprietário e a empresa tem duração média de cinco anos. A maior parte das áreas adotadas está localizada no Paraná, além de algumas propriedades no estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com predomínio da formação de Floresta com Araucária.

Entre as recentes espécies encontradas pelos técnicos da SPVS nas áreas do Programa Desmatamento Evitado está o puma (Puma concolor), avistado no município de Palmeira (PR). Ele é o segundo maior felino das Américas e vive em uma grande diversidade de biomas, de áridos desertos a florestas tropicais. Animal de hábitos noturnos, um macho pode chegar a pesar 72 quilos e medir mais de dois metros de comprimento.

Outro animal observado, também no município de Palmeira, foi a lontra (Lontra longicaudis). Ela se desloca primordialmente através da água, tendo preferência por rios com alto fluxo de corrente. Constrói tocas em barrancos na beira do curso d’água, possui olfato apurado e se alimenta somente de peixes e crustáceos.

*Artigo escrito pela equipe da ONG Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS, parceira do Instituto GRPCOM no Blog Giro Sustentável.

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