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Que educação que queremos?
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O que deve acontecer em um país para que possa se tornar protagonista e venha partilhar das decisões mundiais?  Nesse sentido não basta ter tamanho e boas intenções, é absolutamente necessário ter políticas públicas, programas, projetos eficientes e práticas ou simples atitudes coerentes-éticas e acima de qualquer coisa querer “melhorar” a educação geral do povo.

Na educação geral estão incluídos itens básicos como respeito ao próximo, exercício da liberdade pessoal até o momento que não interfira na liberdade do outro; estabelecimento de limites, disciplina; percepção das diferenças individuais; convivência democrática na diversidade; compreensão de suas necessidades e consciência de seus anseios, objetivos e metas de vida e esta deve ser responsabilidade no âmbito familiar, cabe aos progenitores esta tarefa.

A educação não deve ser retratada apenas na aquisição de conhecimentos acadêmicos, mas na maneira como as pessoas reagem frente a situações inesperadas, como tomam decisões, como enfrentam as adversidades da vida, como se posicionam na sociedade e como se relacionam com os outros.

Para se relacionar com os outros é importante se expressar claramente e ouvir atentamente no mais puro e simples sentido dessas atitudes. Ao reagir frente a situações inesperadas seria recomendável uma reação baseada mais na razão do que na emoção, pois essa última tende a levar as pessoas a serem mais impulsivas, individualistas e parciais. Enfrentar as adversidades da vida requer muito sangue frio, bom senso e coerência. O relacionamento com os outros inicia com o uso das expressões simples, tais como: alguma saudação (oi, bom dia, boa tarde, boa noite) e uso das palavrinhas mágicas: muito obrigada, com licença e outras). E o início deve ser em casa, em famílias com princípios e valores bem definidos. No entanto, na continuidade, há a necessidade em modificar nossa cultura que tende a ser de dependência protecionista movendo para protagonistas da própria trajetória com atitudes proativas. Conforme Antônio Novoa em palestra recente no Conselho, devemos educar para a comunidade mais ampla que existe.

Considerando que vivemos em que as mudanças de todas as ordens e particularmente as sociais ocorrem de forma acentuada e constante, a realidade precisa ser analisada, compreendida e incorporada no cotidiano escolar de forma a atender estas “novas” realidades. No intuito de propiciar uma educação completa e contemporânea, as instituições de ensino devem propor um processo ensino-aprendizagem dinâmico, em consonância com temas atuais. Neste contexto, existem temas transversais que devem fazer parte de todo este processo de aprendizagem, tais como: Inovação, Sustentabilidade (em seus 5 aspectos Ambiental, Cultural, Econômico, Espacial e Social), Empreendedorismo, Diversidade – cultural, religiosa, econômica, social e de orientação sexual, entre outras. No entanto, os currículos poderiam avançar de modelos meramente conteudistas para outros, tais como, solução de problemas, ou pautados em projetos, ou pela reconstrução social entre outros. Estamos vivendo uma revolução e em breve talvez o fim do modelo escolar da forma que temos hoje, é preciso encontrar novos ambientes de trabalho e de aprendizagem, uma metamorfose necessária.

Na era da informação e comunicação existe uma urgência em transformar informação em conhecimento significativo. Os artefatos tecnológicos podem ser aliados dos professores nesse processo. Os docentes assumindo um papel de agentes facilitadores na construção do conhecimento, na troca de experiências intergeracionais, preferencialmente com metodologias inovadoras, atuando interdisciplinarmente, e valorizando um processo formativo contínuo.

A quebra de paradigmas arraigados e consolidados por muitos anos será uma barreira a ser transposta e quando superada, poderemos vislumbrar um panorama educacional nacional diferenciado que refletirá no contexto mundial.

*Artigo escrito por Sonia Ana Charchut Leszczynski, PhD, professora e Assessora de Educação e Direitos Humanos e Justiça na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR , que é membro do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Giro Sustentável.

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