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Voluntariado e… culpa?
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Tem gente sentindo culpa por ajudar – e por se sentir bem com isso.

“Parece que estou fazendo isso só para me sentir bem comigo mesma e aí me sinto culpada”.

A frase é de um amiga com quem conversava, há alguns dias. O assunto era o voluntariado. E a dúvida era essa: será que ela trabalhava para ajudar, de fato, os outros ou era só para se sentir bem com ela mesma?
A preocupação dela é mais comum do que se imagina. E tem uma razão simples: fazer o bem faz bem. Mas, espera: eu não deveria estar me “doando”? Fazendo um sacrifício em prol dos outros? Não!
Trabalho voluntário não é só ajudar os outros: é ajudar, também, a si mesmo. Soa como egoísmo, mas não é.
É o que explica o psicólogo Ronaldo Eugênio Barboza, gestor do projeto Sou Cidadão no Centro de Ação Voluntária de Curitiba (CAV). “O caminho para lidar com o conflito entre a alegria e o medo de estar sendo movido por certo egoísmo é aceitar que neste processo há sim certo egoísmo, mas não o mau egoísmo. Ao aceitar o processo, a culpa tende a se dissolver”, explica.
“Todos queremos nos sentir bem e podemos buscar esta sensação de várias formas, inclusive fazendo o bem. Não deixemos de lado a perspectiva de que o maior beneficiado pela ajuda pode não ser o ajudado, mas, sim, quem presta a ajuda”, completa.
Ajudar alguém é bom. Sentir-se bem por isso… Por que não?
A ideia de que o voluntariado é um sacrifício – de que você precisa abrir mão da diversão, do seu tempo, da sua energia para melhorar a vida de alguém – não é apenas errada, mas prejudicial. Não, voluntariado não é sacrifício. Não precisa consumir suas energias, seu tempo ou você.
Voluntariado é diversão, distração e deixa a gente feliz. Voluntariado faz bem. Faz bem para o ego, inclusive – permita-se sentir orgulho. Compartilhe suas iniciativas. Faça o bem e conte para todo mundo. Nessa, você vai perceber que pode arrastar muita gente junto.
“Não precisamos fazer o bem para sermos vangloriados, mas sim para mostrar aos outros que é possível. Assim, eles se sentirão motivados a ajudar-nos em nossas ações ou ainda a desenvolverem ações semelhantes, onde quer que estejam”, completa Eugenio.
O psicólogo afirma que a divulgação de ações positivas pode sim influenciar os demais. “Pode fomentar mais ações semelhantes, porque se vê que é possível fazer alguma coisa e, inclusive, para quem não sabe como fazer, passa a ser possível juntar-se a um grupo de pessoas que já está fazendo. O exemplo de outros será sempre muito importante”.
Que tal então praticar uma boa ação e sair por aí espalhando para seus amigos? Publique sua atividade voluntária nas redes sociais e mostre o quanto é bom e feliz fazer o bem! #acaovoluntaria

 

*Artigo escrito por Mariana Ohde, voluntária de comunicação do CAV – Centro de Ação Voluntária de Curitiba, instituição parceira do Instituto GRPCOM.

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