Jingles “mântrico-numéricos” como os dos candidatos Professor Galdino (PV) e Odisnei do Pick-Nick (PMDB) têm a virtude de, mesmo sendo considerados irritantes por muita gente, “grudar na orelha” do eleitorado. O princípio é de convencimento pela repetição: você caminha pela rua e, de repente, é alcançado pelo jingle emitido pelo sistema de som de um carro ou bicicleta. Nome e número repetido dez, vinte vezes – se o cabo eleitoral resolver parar na vizinhança para tomar um ki-suco, é caso de considerar a hipótese de “possessão sonora”. O veículo segue em frente e o mantra fica, martelando o número do candidato até o vivente ser contagiado por outra coisa – de repente, outro jingle ou o cantochão do “carro do sonho”. No fundo, talvez a tentativa seja, mesmo, de ganhar a adesão pela via hipnótica. A aposta, um tanto arriscada, reside na crença de que a sugestão vá se manter até o momento do voto.
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