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O texto desta semana está atrasado. Eu sei, deveria ter saído ontem.

Mas ontem ainda estava em São Paulo, longe do meu computador (e escrever no celular é muito chato).

Por que eu estava em São Paulo?

Porque estava participando do maior congresso latino-americano de histórias em quadrinhos!!!

Em sua terceira edição, o Jornadas Internacionais de Histórias em Quadrinhos congrega o que há de melhor na produção científica no que tange as histórias em quadrinhos.

Capitaneado pelos professores Paulo Ramos, Waldomiro Vergueiro e Nobu Chinen, o congresso é sensacional. O aprendizado é gigantesco e a troca de informações também.

Vamos colocar aqui algumas coisas: diferente da maioria dos congressos, as pessoas QUEREM ficar no congresso e gostam de assistir as comunicações. Poucos dos que lá estavam fizeram turismo ou faltaram as comunicações.

Outra coisa diferente é o clima de alto astral do pessoal!! Parecia (e era) um encontro de velhos amigos. Muito bate-papo, muita informação trocada e sorrisos por todo lado. Sim, era um congresso acadêmico. E sim, as pessoas estavam lá trabalhando. Mas quer trabalho melhor do que estudar HQ?

Neste ano foram 229 comunicações, distribuídas em oito sessões por quatro dias. Ou seja, escolher o que assistir era sempre com dor no coração. Não existia, em nenhum horário, pelo menos duas ou três mesas interessantíssimas. Mas as escolhas têm que ser feitas. E o pessoal se dirigia àquela que mais lhe interessava. Mesmo assim, o sonho dourado de todos que estavam lá era ter 20 dias de congresso, para poder assistir tudo.

E o que dizer das palestras finais – uma por dia – com os convidados de honra do festival?

No primeiro dia, já fomos brindados pelos tesouros encontrados por Paul Gravett, que demonstrou com muitos exemplos as características da linguagem própria dos quadrinhos.

No dia seguinte, os brasileiros Antonio Vicente Seraphim Pietroforte e Ricardo Jorge de Lucena Lucas deram uma aula de narratologia.

Na quinta feira, Ian Gordon, um dos nomes mais influentes da pesquisa acadêmica de história em quadrinhos (e que tenho a honra de chamar de amigo) explicou toda a relação entre quadrinhos e cinema.

Na sexta, no encerramento do congresso, a feminista Trina Robbins mostrou como as mulheres fazem quadrinhos desde sempre, e como eles são sensacionais. Ver aquela senhorinha vestida com a camiseta da Frida Kahlo emocionada na salva de palmas de mais de dez minutos não tem preço.

De novo, mais uma lamentação: Saber que o congresso ocorre apenas uma vez a cada dois anos.

Podia acontecer toda semana.

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