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O patético veto à grama sintética do Atlético vai cair. Ainda bem. Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
O patético veto à grama sintética do Atlético vai cair. Ainda bem. Marcelo Andrade/Gazeta do Povo| Foto:

Ao que tudo indica, o veto à grama sintética do Atlético vai cair. Na próxima segunda-feira (5), os clubes se reúnem para mais um congresso técnico do Brasileiro da Primeira Divisão. E, na CBF, o piso artificial entrará em pauta novamente.

O cenário do próximo encontro está devidamente esmiuçado na reportagem de Daniel Malucelli (acesse aqui). Do ano passado para cá, o Furacão ganhou aliados. Em 2017, além do próprio clube, claro, outros quatro foram favoráveis à grama – Coritiba, Palmeiras, Sport e Bahia (relembre como foi).

Para 2018, o grupo aumentou para, aparentemente, nove times. Saiu o Coxa, com a queda para a Segundona, e entrou o Paraná. Sport, Palmeiras e Bahia seguem juntos. Ceará e América-MG estão próximos do Furacão e Santos e Fluminense são aliados em potencial.

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Fazendo as contas, o Rubro-Negro já detém praticamente nove votos para derrubar  o veto, que venceu na temporada anterior por 15 a 5. Portanto, com mais um clube favorável, o placar já ficaria empatado. E aí, o Furacão conta com outro trunfo, digamos, “oculto”.

Marco Polo Del Nero, presidente da CBF que está afastado, suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa, é a favor da grama sintética. Um aliado de peso, considerando que, como se sabe, ainda é o cartola quem dá as cartas na entidade. O presidente atual, Coronel Nunes, é figura meramente decorativa.

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Desde que viu seu novo campo ser barrado, o Atlético decidiu se recolher e trabalhar nos bastidores. Funcionários do clube passaram a registrar as péssimas condições de diversos gramados do Nacional. Para o presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia, a reviravolta é certa.

Cenário promissor para corrigir a decisão que previa 2018 como o último ano para o Furacão utilizar o piso artificial. A partir de 2019, o clube teria que voltar ao gramado natural para jogar o Brasileiro. Um absurdo típico do antiquado futebol brasileiro, aquele do 7 a 1.

Muda o jogo? Sim. Mas tanto quanto qualquer gramado

Em tese, sou contrário ao gramado sintético. Ou melhor, entendo que os clubes devem ir até às últimas consequências, procurar a mais avançada tecnologia, utilizar todos os recursos possíveis, financeiros inclusive, para manter o campo natural.

Agora, há exceções, claro. E o terreno da Baixada, extremamente úmido por causa do rio que corre sob o campo, pode se encaixar. O gramado sintético modifica o jogo? Sim, mas tanto quanto as variações de piso que encontramos em diversos estádios brasileiros.

Em suma, os cartolas estão diante da oportunidade de corrigir um erro crasso, uma pataquada que teve como líder, não por acaso, Eurico Miranda, do Vasco. Ou, mais uma vez, reforçar o estigma brasileiro, de país com os piores dirigentes do mundo.

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