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Henry Milleo/Gazeta do Povo
Henry Milleo/Gazeta do Povo| Foto:

Quando eu era moleque, ali pelos anos 90, um dos bons momentos do Paranaense era a coluna televisiva de terça-feira do Globo Esporte local, uma crônica bem humorada, assinada pelo Gil Rocha, com os principais fatos da rodada do domingo.

Nenhuma pretensão em repetir o feito com a mesma categoria. Serve apenas como inspiração para relatar alguns dos destaques do certame local. Divido, de forma extremamente criativa, entre os “melhores” e “piores”. Vamos lá…

MELHORES

Zezinho, aquele

Henry Milleo/Gazeta do Povo

Henry Milleo/Gazeta do Povo

De jogador revelação, “disputado” por Manchester City e Inter de Milão, Zezinho passou pelo Atlético sem destaque. Chamou mais atenção por um entrevero com Alex no Atletiba da final de 2013 e pela polêmica que envolveu o Paraná. No Tricolor, chegou pedindo desculpas e, por pouco, não queimou o filme de vez. Fez gol contra em amistoso e, na estreia como titular, perdeu um pênalti. Quis o destino que o meia marcasse o gol no rebote (deixou a partida também com uma assistência). Quem sabe é a redenção do camisa 10 atarracado, com nome e pinta de boleiro dos anos 60 (não fossem as tatuagens).

Matheus, o Anjos

Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O piazão apareceu com um gol, literalmente, do meio da rua (o gol que só Pelé não fez), no título do Atlético no Estadual sub-19, no final do ano passado. E na estreia como titular, fez tento no melhor estilo Romário, girando e tocando de biquinho. Promete. Da minha parte, só acho que o “Anjos” do nome enfraquece. Eu sei, é pra não confundir com o Matheus Rossetto, que já virou só Rossetto. Se eu fosse o jogador, aproveitava para ficar apenas com o Matheus que, aliás, é nome de craque e capitão de título de Copa do Mundo.

Estradinha, o Alçapão

Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O retorno do Rio Branco para a Estradinha foi certamente uma das boas notícias da largada do PR 2017. Estádio clássico, de quase 90 anos, passou por uma reforma geral e, aparentemente (não vi in loco), está em boas condições. Não bastasse, ainda “escanteia” o Gigante do Itiberê que, definitivamente, só consumiu dinheiro público, sem jamais empolgar a torcida local. De positivo, tinha só o apelido: Caranguejão.

Getterson, o do Twitter

Antonio More/Gazeta do Povo

Antonio More/Gazeta do Povo

O atacante do Jotinha virou notícia nacional, ano passado, quando teve a negociação para o São Paulo brecada por causa de um comentário infeliz que havia feito no Twitter. Tempos antes, o jogador chamou o clube de “bambi”. A torcida do São Paulo chiou e a diretoria, mostrando “muita segurança”, desistiu da revelação paranaense. Só mais uma amostra de como as redes sociais têm também um poder bizarro. Enfim, Getterson voltou para casa e, no “Retiro dos Artistas” do Barigui, reencontrou o caminho. Largou marcando não apenas o primeiro, mas também o segundo gol do Estadual, nos 3 a 0 de sua equipe sobre o Cascavel.

Ítalo, o da lambreta

Henry Milleo/Gazeta do Povo

Henry Milleo/Gazeta do Povo

Ítalo não precisou nem fazer gol para terminar como um dos destaques da vitória do Paraná, 5 a 0 sobre o Foz. Já na etapa derradeira, uma bola sobrou sem pai nem mãe quase na bandeirinha de escanteio, pelo lado direito do ataque tricolor. O paranista chegou antes e se livrou do adversário com uma bela lambreta. Foi o lance da rodada. Para melhorar mais, ainda tem a confusão sobre o apelido do jogador, se é Gabriel Jesus ou Cabeça de Formiga, que eu prefiro.

PIORES

Coritiba, 2016

Divulgação/Coritiba

Divulgação/Coritiba

Não dá para considerar como estreia a derrota do Coritiba para o Cianorte, por 1 a 0. O que se viu no interior do estado foi, mais ou menos, o que o Coxa apresentou em 2016: uma equipe confusa, distraída e pouco interessada (o gol isolado resumiu). Tudo bem, o time não estava completo e, sem Kléber, perde muita coisa. Mas a desproporção de estrutura e investimento é tamanha que uma derrota para um representante do interior sempre assusta. Pra piorar, Paulo César Carpegiani ainda pôs a culpa no gramado (grama de “jardim”) e disse ainda que dava “migué” quando era jogador e pegava esse tipo de piso. Para alguém com o currículo do gaúcho soou bem estranho.

Estradinha, o Alçapão

Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O Nelson Medrado Dias conquista a façanha de figurar entre o melhor e o pior da rodada. O retorno do Rio Branco ao local foi motivo de festa, sem dúvida. Agora, o que aconteceu com os profissionais do Atlético foi preocupante. Paulo Autuori criticou o local e o presidente do Leão, Thiago Campos, rebateu, com um certo exagero. E até aí, tudo bem. Agora, a torcida local arremessar líquidos (cachaça?) e cusparadas conforme alegaram o técnico do Furacão e o goleiro Weverton, pegou tremendamente mal.

Confusão em Paranaguá

Reprodução WhatsApp

Reprodução WhatsApp

As torcidas organizadas não cansam de dar argumentos para quem defende a extinção delas (não é o meu caso). Em Paranaguá, torcedores de Atlético e Rio Branco se enfrentaram nas cercanias da Estradinha. Munidos de paus e pedras mostraram, pela enésima vez, como o futebol pode servir para escancarar o lado bestial do ser humano.

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