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Ótimas lições nas charges e tirinhas
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Não sei desenhar; faço meus rabiscos, mas eles ficam bem longe da capacidade de configuração que é moleza para os artistas do traço, afeitos à técnica, estilo, leitura crítica dos fatos e senso aguçado de objetividade descritiva com os traços e cores. Hoje, para descontrair um pouco dos temas indigestos do cotidiano, reproduzi alguns desenhos e, você poderá avistar outras indicações convergentes nos links apontados a seguir.

Comece com o Paixão; charges políticas, apoio certeiro aos editoriais da Gazeta do Povo, mas sobretudo a objetiva leitura dos fatos mais recentes. As consequências drásticas das chuvas e a falta de atenção às características da área construída estão na mira do atento cartunista.


Veja o que o Nani(ahahahahaha… mais uma vez!) deixou aos leitores, antes mesmo da chegada de 2010; humor em abundância:


Atente ao lamento dos personagens diários do Pancho; eles reproduzem um comportamento recente, concorda comigo? Adoro as referências intertextuais que eles apontam: indicam livros, temas da atualidade, além de uma conversa de alto nível, mas principalmente pelo retrato que o Pancho faz da vida cotidiana.


Vá por mim – Crianças e jovens poderão aprender e também aprofundar a autonomia interpretativa, a partir do convívio com as revistas em quadrinhos ou tirinhas encontradas nos jornais, revistas e nos livros didáticos; identificar palavras desconhecidas, acompanhar a expansão de um roteiro e buscar o significado no dicionário são apenas algumas das inúmeras possibilidades oferecidas pelo gênero. O uso dinâmico dos sinais de pontuação, a hilária adjetivação presente nas falas, as referências da intertextualidade, a capacidade de síntese, as indicações cronológicas e geográficas, a exploração curiosa do comportamento humano, a conjuntura econômica, a ortografia, a concordância entre as palavras e ações cotidianas, entre outras, próprias do estilo de cada artista e do gênero textual estão à disposição.

Você já conhece a Carol? Ela faz O Menino Chorão.


Que tal? Você costuma ir à Biblioteca Pública do Paraná ou à Gibiteca? Já levou alguma criança ou indica os locais aos jovens como referências locais e possibilidades de leitura abundante? Com muita pena constato que a maioria dos jovens curitibanos nunca foi a um desses lugares, abertos ao grande público na capital paranaense. Muita gente reclama dos limites do acervo, da quantidade de exemplares disponíveis ao empréstimo, entre outras observações, mas eu adoro a Biblioteca Pública, ali sempre à disposição do público – e, as críticas às limitações, quando procedentes, ganharão maior vigor e quem sabe, logo as soluções, se mais pessoas advertem sobre os problemas existentes.

“Inaugurada em 15 de outubro de 1982, a partir de projeto idealizado pelos arquitetos Key Imaguire Júnior e Abrão Assad, a Gibiteca de Curitiba reúne ilustradores, designers, artistas plásticos, pesquisadores, professores, estudantes e simples amantes dos quadrinhos. Seu primeiro endereço foi uma das salas da Galeria Schaffer. Depois, em 1988, transferiu-se para o Centro Cultural Solar do Barão, onde permanece até os dias atuais.”(GP)

No ano passado – Você deve estar bem lembrado das polêmicas ocorridas com relação aos quadrinhos inapropriados aos escolares; faltou bom senso na seleção do material e ajuste cognitivo à faixa de idade e ao público leitor. Há certamente quadrinhos e quadrinhos, autores e autores, mas ajustar e sugerir leituras que façam convergências apropriadas às crianças e aos jovens é uma obrigação educativa; é preciso ler atentamente, observar-lhes, entretanto, as indicações. Há tempo, lugar e público para todas as leituras, inclusive aqui na internet, território livre e de múltiplas possibilidades, muitas vezes confundido como espaço de polêmicas e diz-que-me-disses dispensáveis.

” Na cidade com o maior número de bibliotecas públicas per capita do país (uma a cada 26 mil pessoas) e reconhecida nacionalmente por ser uma capital cultural, faltam livros: não existe sequer um exemplar por habitante em unidades públicas – o levantamento feito pela reportagem levou em conta o acervo da Biblioteca Pública do Paraná, 45 Faróis do Saber, 81 bibliotecas es­­colares abertas à população, 10 bibliotecas mu­­nicipais e duas Casas de Leituras, mantidas pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC). “( Falta livro, sobra gente, Temys Cabral, GP, 6/ 12/ 2009)

Mais um pouco:

> O professor Paulo Ramos alimenta um dos melhores espaços de divulgação e discussão equilibrada sobre Quadrinhos; leitura imperdível.

> A Miriam Salles, professora e blogueira, ofereceu um dica bem interessante; se quiser conhecer Criando desenhos animados online

Você certamente já conhece o Benett e tanta gente boa que faz tirinhas inteligentes e com brilhantismo; sabe também que há velhos e novos talentos espalhados pelo Brasil afora; quer sugerir algum link, livro ou dica apropriada?

Até a próxima!

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