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O seu bebê dorme bem a noite?
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Nos primeiros meses da gestação, em função da alteração hormonal normal, é comum que a gestante sinta muito sono. E logo vem aquela dica nas rodas de conversa de casais grávidos: durma bastante mesmo, porque depois que o bebê nasce…

Bebe dormindo

Fonte: Canva

 

Todos sabem, ao ter filhos, que bebês precisam mamar à noite e que vão precisar de nossa ajuda durante alguns meses.
Entretanto, quando se passam 4 a 5 meses e o bebê continua acordando diversas vezes é possível que algo não esteja acontecendo como deveria. Muitas vezes, é um bebê que costuma não dormir bem de dia, faz cochilos de no máximo 40 minutos e acorda mais de 3 vezes de madrugada.
A maior parte das pessoas vai dizer que o bebê acorda por fome mas, em grande parte das vezes o motivo está relacionado com a fisiologia do sono.
Para um ser humano, dormir diversas horas seguidas sem ter noção do que está acontecendo em volta, pode ser considerado muito perigoso pelo organismo. Por isso nosso cérebro faz com que acordemos diversas vezes durante a noite para ver se está tudo bem no ambiente. Nosso sono acontece em ciclos: adormecemos, passamos por uma fase de sono leve, aprofundamos o sono e depois começamos a despertar novamente, quando então o ciclo se reinicia. Como adultos, acordamos a cada ciclo, nos viramos na cama, olhamos em volta e voltamos a dormir, praticamente não percebemos esses despertares noturnos.
No entanto, bebês que precisam de ajuda para adormecer, quando despertam durante a madrugada precisam de ajuda novamente para voltar a dormir. Essa ajuda pode vir de diversas formas: mamar ao seio, chupeta, balanço no colo, passeio de carrinho.
A solução para resolver as questões de sono consiste em, gradativamente, reduzir as ajudas para a criança adormecer até que ela faça isso sozinha.

Existe um método bastante conhecido que consiste em deixar a criança chorar sozinha no quarto, aumentando-se gradativamente o tempo até que ela durma sem chorar. Apesar de ser um método muito usado, deixar a criança chorar não ensina o bebê a ter autoconfiança, não faz com que ele aprenda a lidar com a separação que tem dos pais durante a noite e pode, inclusive, representar angústias futuras na infância.

O ideal é que, em um primeiro momento, os pais fiquem com o bebê no colo na hora dele dormir, oferecer o seio ou a chupeta. Essa primeira etapa é a mais difícil porque o bebê tem uma necessidade física de sugar ou ser sacudido para dormir. O choro de irritação de sono pode ser bem angustiante para os pais mas, desde que o bebê esteja amparado no colo das pessoas nas quais confia, não há risco de trauma.
Ao longo dos dias, os pais devem parar de balançar o bebê no colo, deixar que ele durma parado, mesmo que ainda no aconchego dos braços. Depois que o bebê conseguir dormir de forma mais tranquila no colo, os pais podem passar a colocá-lo ainda desperto no berço ou cama para que adormeça lá. Nessa etapa, o bebê pode voltar a chorar para “dizer” que não quer ficar no berço, principalmente se já tiver mais de 6 meses. Esse último passo também é importante porque o ideal é que a criança adormeça no local onde vai dormir a noite toda.
O sono é uma necessidade orgânica de extrema importância para o desenvolvimento da criança. Recentemente, a Academia Norte-Americana de Medicina do Sono divulgou uma tabela em que orienta a quantidade de horas que uma criança deve ter nas diferentes faixas etárias. A criança que dorme bem tem benefícios no crescimento físico e emocional, tendo a ter um rendimento escolar melhor, menor risco de obesidade.

Foto: Canva / Fonte dos dados: Academia Norte-Americana de Medicina do Sono

Foto: Canva / Fonte dos dados: Academia Norte-Americana de Medicina do Sono

O processo de ensinar a adormecer por conta própria não é fácil mas, tem resultados em pouco tempo e gera melhoras significativas no humor e bem estar da criança.

Frequentemente crianças que não ganham peso, choram demais, tem comportamento hiperativo, fazem birra ou só querem ficar no colo o dia inteiro estão sofrendo de privação de sono. O simples fato de permitir que elas durmam bem, faz a grande maioria dos sintomas desaparecer naturalmente.

Por: Renata Bermudez Konzen
Consultora familiar e fundadora da Consultoria Sosseguinho
www.sosseguinho.com.br

Dra Juliana Loyola Presa

(www.facebook.com/drajulianaloyolapresa / @drajuloyolapresa)

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