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Você sabe exatamente por onde seu filho navega na Internet?
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Seu filho de 2 anos pede para assistir o desenho animado de uma famosa porquinha. Você escolhe e coloca um vídeo em um aplicativo famoso de compartilhamento de vídeos e vai fazer suas tarefas de casa. Ao acabar este episódio automaticamente começa o seguinte e quando você volta para ver se está tudo bem, tem uma surpresa bastante desagradável. A porquinha arranca sua própria pele para fazer bacon, parte ferozmente para cima do pai e começa o mordê-lo e o sangue jorrando.

Não, esta não é uma cena de um filme de terror. É, infelizmente, uma situação bastante corriqueira nos lares do mundo inteiro.

Foto Canva

 

Durante a infância nossos pais não tiveram que se preocupar com conteúdo de internet e toda a interatividade dos dias de hoje. Os nossos filhos fazem parte da primeira geração de crianças conectadas virtualmente ao mundo e às pessoas.

Protegê-los dos conteúdos inadequados na internet é um dos grandes desafios contemporâneos.

A advogada Gianna Calderari conta, que foi em função desta preocupação com relação aos filhos, aliada a sua formação profissional, que começou a ministrar palestras sobre crimes virtuais e redes sociais para crianças. Sim, os participantes das palestras são as crianças e adolescentes e os pais participam da conclusão da conversa. Com uma linguagem simples e direta, a advogada fala às crianças sobre os aspectos e implicações sociais e legais do uso das redes sociais.

Segundo Gianna o “boom” de informações está evidente e se espalha de uma forma tão rápida que foge do nosso controle se não colocarmos os devidos limites. Em se tratando das crianças, é notório que muitas têm acesso à internet: ou por meio do seu próprio celular ou tablet, ou por meio do computador de casa, da escola, dos amigos e dos familiares. E, tendo acesso à internet, estão conectadas com todo o conteúdo nela disponível, apropriado ou não. Portanto, elas devem ser orientadas sobre os sítios que navegam, os jogos que acessam, o conteúdo de suas publicações nas redes sociais e das suas conversas trocadas. A orientação devida não diz respeito somente ao bom senso do uso e a compreensão da responsabilidade das suas atitudes, mas também a de como controlar sua privacidade, para que, consequentemente, obtenham maior proteção contra invasões de desconhecidos e contra os crimes cibernéticos a que estão sujeitos.

As crianças bem pequenas geralmente acessam a jogos, aplicativos e fazem pesquisas nos sítios de busca com a presença dos pais ou de algum adulto responsável. Já a partir dos 8 anos aproximadamente, começam a usar as telinhas sem o acompanhamento direto de um orientador. E aí vêm as preocupações.

A ingenuidade de uma criança é um atrativo para os criminosos. Estudos comprovam o quanto é fácil a comunicação com os pequenos e o fornecimento por eles de informações que jamais poderiam ser liberadas.

A Pedagoga, estudiosa no assunto e também colunista do Palpite de Alice, Danielle Lourenço Hoepfner, escreveu um texto recentemente para o site do Clube da Alice depois deste assunto ser uma constante preocupação das integrantes do Clube. Ela nos dá algumas dicas importantes no momento de administrar a internet com nossos pequenos.

(http://www.clubedaalice.com.br/2016/07/mae-real- no-mundo- virtual)

Foto – Canva Informações de Danielle Lourenço Hoepfner

 

informações de Danielle Lourenço Hoepfner )

E quanto à responsabilidade das atitudes praticadas por elas? Gianna esclarece que a ideia que o mundo virtual cria de um falso anonimato é um chamativo para que as crianças suponham que não vai haver consequência alguma se praticarem ato que possa ser criminoso (na maioria das vezes sem nem saber que se trata de crime).

Não é de se negar que a internet é um fenômeno fantástico. Proporciona a sociabilização de conhecimento, acesso à assuntos sociais e de interesse coletivo, a informação em tempo real, o contato com família e amigos que moram longe, a rapidez na troca de arquivos, entre várias outras facilidades encantadoras. Porém, é justamente para que a sua utilidade seja positiva e segura, é que devemos cuidar do uso, e, como os pequenos já nascem “on line”, têm de ser alertados do que não fazer na internet e do que não deixar que façam com eles.

Danielle comenta que a internet tem uma característica de atemporalidade. Os internautas têm o mesmo padrão de comportamento on-line, independente da idade. Assim, as orientações e dicas de segurança valem para todos e não apenas para os “pequenos”.

A maturidade do usuário não tem relação direta com sua idade cronológica! Têm crianças que dão um “show” nos pais no quesito segurança! Os pais publicam fotos, endereços, local de trabalho e demais dados da vida no mundo real, enquanto o filho escolhe um nick name (apelido) e navega “safo” pelas redes sociais e demais espaços interativos na Internet.

O acompanhamento dos pais ou responsáveis na utilização da internet por meio de mecanismos de configuração e aplicativos é falha e nada substitui a boa e franca conversa.

Educar não é para preguiçosos! Fique alerta, acompanhe, navegue junto e não se furte da sua função maior: orientação. Em casos como este, a prevenção ainda é o melhor remédio!

Por Gianna Calderari, Advogada e Mãe. Foi também professora do ensino fundamental.

Por Danielle Lourenço Hoepfner (colunista do Palpite de Alice)

Por Juliana Loyola Presa

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