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Quem gosta de falar na hora do ato sexual mostra que tem com o parceiro um alto grau liberdade e de intimidade. É gente que consegue expor suas emoções com facilidade e, na hora da excitação, não disfarça, demonstra, sem medo de ser feliz. Em contrapartida, encontramos pessoas tímidas, inseguras e sem atitude que na hora H travam em vez de exteriorizar seus sentimentos.

Embora possa parecer o contrário, em algumas situações o homem é inibido e a mulher adora frases picantes, fantasiar e expressões pra lá de maliciosas. É aquela parceira que sabe o que quer e demonstra claramente onde deseja ser tocada e acariciada.

Na verdade, as pessoas deveriam viver de maneira mais solta, confrontando-se com as suas emoções e expressando os seus desejos, sem timidez ou vergonha. Mas, sabemos que algumas mulheres são tachadas de “vagabunda” quando desejam aquecer o relacionamento. Para evitar este tipo de constrangimento e frustração é preciso que em algum momento o casal tenha conversado sobre o assunto.

É importante confessar as próprias fantasias ao parceiro? Penso que sim, desde que o casal faça um pacto de que tudo que for dito e feito em quatro paredes não ultrapasse a porta do quarto. De comum acordo com respeito e carinho é válido, sim! Quem deixa de se expressar por causa da inibição e do conservadorismo pode ter o prazer diminuído ou até sentir-se insatisfeito com a sua vida sexual.

O casal, às vezes, perde a oportunidade de melhorar a desempenho por desconhecer as preferências do outro. Uma palavra picante dita na hora certa pode provocar sensações mais excitantes do que o ato em si. Um casal em sintonia certamente encontra os ingredientes necessários para “apimentar” a intimidade e fortalecer os laços da união.
Falar sobre as questões sexuais ainda causa constrangimento e é um assunto sempre delicado. Por esta razão a grande maioria das pessoas aprende na prática – acertando e errando. Foi assim com Ingrid.

Ela conta que seu ex-marido demorou a se relacionar novamente. Até ai nada de novo se não fosse o espanto ao saber que a namorada tem 10 anos a mais do que ela. Todos esperavam que ele fosse aparecer com alguma garota muito jovem. À medida que apresentava o novo par todos se surpreendiam, pois ele repetia sistematicamente na frente de quem quisesse ouvir que a namorada era o máximo.

Quem convivia com o casal dizia que tudo que ele fazia era motivo para receber os elogios da namorada. Da escolha de um CD, um filme ou um vinho tudo era supervalorizado.

Todos percebiam que o homem não cabia em si de tanta felicidade. Nunca recebera tantos elogios, nem da própria mãe. Quanto mais a namorada elogiava, mais ele fazia por ela. Jóias, carro e viagens internacionais.

Neste período ele fez cirurgia plástica, voltou pra academia, remoçou, fez dança de salão. Mas, o namoro não durou dois anos. Ela resolveu voltar para o ex-marido que não a deixava em paz.

Ingrid não conseguiu se conter e perguntou ao ex o motivo de tantas mudanças. Ele não hesitou em dizer que a sua maior descoberta é que o amor é auditivo. Nunca ouvira tantos elogios e palavras picantes na cama. De palavras soltas e palavrões tudo para comunicar as sensações do momento.

Depois desta conversa ela percebeu que deixou a desejar no casamento. Muitas vezes não elogiou, nem disse as coisas boas que percebia nele, desde atitudes – um telefonema no meio da tarde – a forma de beijar, o jeito meio tímido de olhar. Tudo passou batido. “Quanto à cama, por ter uma educação rigorosa, sentia vergonha e tinha pudores, achava imoral e anormal. Nunca quis conversar a respeito. Tardiamente descobri que é preciso verbalizar o que ele merece ouvir, conhecer as suas necessidades e estar aberta a novas experiências para o bem da relação. O sexo é fundamental para a criação e a manutenção de um vínculo duradouro”.

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