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De Baretta a Biritta
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A influência do cinema americano não foi fácil. Tanto que, em 1939, Europa em plena ebulição, Hollywood foi convocada para guerra. E não se limitou a salas de exibição. Atores como Clark Gable e Marlene Dietrich chegaram a vestir farda. Ele, alistando-se na força aérea; ela, visitando soldados no front. Tanto que acabou recebendo a patente de coronel do exército.

E a máquina de Hollywood, paralelamente ao complexo industrial-militar, foi em frente, abrindo o leque. Na TV, marcaram época (1971/1976) os seriados Kojak (com o careca Telly Savalas interpretando o detetive Theo Kojak) e Baretta (Robert Blake no papel do detetive Tony Barreta, que tinha como bicho de estimação Cacatua, uma espécie de papagaio originária da Oceania).

Detalhe: a música-tema era Keep Your Eye on the Sparrow, na voz de Sammy Davis, Jr.

Voltando à influência, ou ao modismo ditado pelo cinema. Em Curitiba havia um detetive que, de tanto imitar seu herói favorito, virou um decalque quase perfeito do Baretta, merecendo a esperada alcunha do mocinho. Mas, com o tempo, e como a vida nem sempre segue um roteiro de cinema de Hollywood, virou um rotundo fracasso e trocou as investigações/aventuras pelo boteco.

E, de tanto encher o caneco, o nosso Baretta passou a ser chamado de Biritta. Detetive Biritta. E, aí sim, o apelido pegou pra valer. Sem direito a honras e glória na hora do inevitável the end.

ENQUANTO ISSO…

 

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