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Museu do Louvre, Paris, por supuesto, diante de uma tela de 1830 (A Liberdade Guiando o Povo), um turista não resiste:

– É ele! Tal qual o velho Hitch.

De fato, e com a devida distância, o autor da obra, Eugène Delacroix, belo e formoso, aparece de cartola empunhando um fuzil. Não só ele costumava pintar a si mesmo, fazendo uma ponta no painel.

Mas, como marca registrada mesmo, Alfred Hitchcock é quem fez história. E tudo começou por falta de um simples figurante.

A primeira aparição

Uma matéria assinada por Amir Labaki, na Ilustrada (Folha de S.Paulo, 13 de agosto de 1999), lembra que Alfred Hitchcock “era um mestre e um brincalhão; entre os seus jogos favoritos estavam aparições-surpresa que fazia nos próprios filmes, numa descarada autocitação de sua gorda silhueta, desde The Lodger (O Inquilino), de 1926, o terceiro que dirigiu, ainda na era do mudo”.

O até então ilustre desconhecido aparece de costa para o público, sentado na redação de um jornal. A segunda: no meio de curiosos que acompanham a prisão do suposto culpado de um crime, interpretado por Ivo Novello.

Também na telinha

Hitch também levou para a TV “a genial sacada publicitária de assinar cada obra com sua presença em carne e osso. Em vez das breves aparições de seus filmes, o cineasta apresentava e encerrava, sempre com texto hilariantes, cada um dos episódios de suas telesséries, dirigidos ou não por ele”.

Mais: Alfred Hitchcock dirigiu nada menos do que 20 telefilmes, 17 de curta metragem (25 min) e três de média (50 min). “O preconceito contra o meio, contra Hitch e, posteriormente, certa dificuldade de acesso ao pacote inteiro condenou ao esquecimento a arte de seus telefilmes.”

Com Hitch, a primazia era do suspense sobre a surpresa. “O tamanho da tela jamais limitou a dimensão de seu talento”, conclui o crítico Amir Lavaki.

ENQUANTO ISSO…

 

 

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