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Escândalos padrão Fifa
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A Operação Cartão Vermelho na Fifa. Ou melhor, operação faxina (haja detergente), que vai longe. E, na esteira das investigações, pipocam denúncias de todos os cantos. Uma delas, publicada no site furacao.com, assinada por Mateus Carneiro, refresca a memória do torcedor. Não só do torcedor atleticano. Título: Personagem de 2005 é um dos envolvidos no escândalo da Fifa.

– Personagem decisivo na não realização da final da Libertadores de 2005 na Arena da Baixada, o ex-presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, é um dos envolvidos no escândalo da Fifa divulgado. Leoz presidiu a Conmebol durante os anos de 1996 e 2013 e é um dos 14  (por enquanto) acusados de extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, entre outros delitos, em um “esquema de 24 anos para enriquecer através da corrupção no futebol”, segundo informou o Departamento de Justiça norte-americano.

Há 10 anos, a Conmebol, sob a presidência de Leoz, obrigou o Atlético a jogar a primeira partida da final da Libertadores, contra o São Paulo, no Beira-Rio. Na época, o motivo alegado para a não liberação da Arena da Baixada para o jogo decisivo foi a capacidade de público no estádio – o regulamento da competição determinava que o estádio da equipe da casa deveria ter 40 mil lugares disponíveis.

Como a capacidade da época na Arena da Baixada era de aproximadamente 25 mil expectadores, a diretoria do Atlético se prontificou a instalar arquibancadas tubulares na reta da Brasílio Itiberê. As arquibancadas provisórias, mesmo com a aprovação do Corpo de Bombeiros, não tiveram a aprovação da Conmebol, e o Atlético teve que jogar a maior final de sua história longe de casa.

A decisão, na época, revoltou os atleticanos. Anos depois, em 2010, uma reportagem publicada originalmente no site CAP4ever (que não existe mais, mas continua no ar) e reproduzida no Blog do Furacão esclareceu detalhes do episódio, que até hoje é discutido pelos torcedores do Atlético – Título da reportagem: A verdade sobre a Copa Libertadores 2005 – Vergonha internacional.

Trechos (a íntegra pode ser lida no site furacao.com):

– Com a ameaça de ser rebaixado de divisão, de perder todos os registros de seus jogadores e por em risco definitivamente o futuro do CAP, a diretoria resolveu naquele momento ser prudente e cedeu à pressão feita pela Conmebol. O jogo foi mesmo confirmado para o Beira-Rio, em Porto Alegre, a mais de 600 quilômetros de Curitiba e do estádio rubro-negro.

– Na capital gaúcha, a diretoria atleticana foi recepcionada pelo governador Germano Rigotto, em jantar no Palácio Piratini. Na ocasião, Rigotto questionou ao presidente Mário Celso Petraglia: “Como os paranaenses deixam isso acontecer? Jamais cometeriam este absurdo, esta injustiça, com o povo gaúcho. Faríamos outra revolução e não tirariam o jogo dos nossos estádios”.

– O São Paulo usava toda sua força nos bastidores para impedir a realização da partida na Arena. Afinal, o clube paulista é um notório freguês do Atlético Paranaense na Arena da Baixada, estádio em que jamais conseguiu uma vitória. E o poder político do tricolor junto à Conmebol não é nada desprezível. O próprio presidente Leoz já se declarou, em mais de uma oportunidade, que quando estudou em São Paulo na sua juventude se tornou ferrenho e fanático torcedor do time do Morumbi!

“Sou são-paulino”, admitiu o presidente da Conmebol.

– Outra prova de que tanto apego da Conmebol a um item do regulamento foi mesmo de ocasião foi dada no ano seguinte. Pachuca, do México, e Colo-Colo, do Chile, fizeram a final da Copa Sul-Americana de 2006. O regulamento era o mesmo da Libertadores, mas o primeiro jogo da decisão foi disputado no Estádio Hidalgo, em Pachuca, com capacidade para 30 mil expectadores.

Beronha, nosso anti-herói de plantão, muito revoltado:

– Chama o tar de FBI!

ENQUANTO ISSO…

 

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