Beronha, nosso anti-herói de plantão, não concorda, mas há certas ocasiões em que frequentar um boteco (a contento) é impraticável. Dia de Atletiba, por exemplo, com transmissão pela TV. Mas há outras circunstâncias, quando aparece o cliente chamado gangorra: quando ele desce o tundá, a turma do outro lado levanta. E sai de fino.
Dia desses, no Bar VIP da Vila Piroquinha, apareceu um cabôco que não parava de falar. Pior, falava com o dom da verdade, ou como “proprietário exclusivo da verdade, um latifúndio totalmente improdutivo”.
Sem que ninguém tivesse perguntado, começou a falar de sua última viagem.
– Estive no Mato Grosso do Sul. Pescaria. Uma beleza. Já marquei outra viagem, agora para conhecer o Mato Grosso do Norte…
Aí, professor Afronsius, recordando passagem do livro autobiográfico Meu Último Suspiro, 1982, de Luís Buñuel, citou uma passagem. Ao fazer uma radiografia do cliente de boteco, Buñuel diz que ele, o dito cujo cliente de boteco, é movido por dois objetivos:
– Participar de uma peña, algo como um alegre e barulhento reencontro com amigos, ou simplesmente ficar bebendo e olhando, tal qual um guru de monastério, para a parede.
– É, mal comparando, o meu caso, o de cada vez mais guru de monastério – arrematou professor Afronsius.
ENQUANTO ISSO…
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