• Carregando...

Se, de fato, rir é o melhor remédio, de que riam as pessoas meio século atrás? Na revista Seleções do Reader’s Digest havia as (famosas) Piadas de Caserna. Na edição de dezembro de1957, como sempre com o devido registro da procedência, temos a de um soldado:

– De uma carta escrita por nosso filho, que está fazendo a instrução básica militar: “Hoje deveríamos ter instrução de sobrevivência, mas foi adiada por causa da chuva.” – Sr.ª Paul Gregory.

Outra:

Quando eu era soldado na Índia, a bebida nas pequenas guarnições isoladas era um caso muito sério. Um coronel foi a uma festa em que as libações foram particularmente exageradas. Nas primeiras horas da manhã seguinte, os seus oficiais, despertados por gritos de angústia, acorreram ao seu quarto e encontraram o coronel na cama, com a testa banhada em suor.

– Vocês precisam chamar o médico – gritou. Estou paralisado da cintura para baixo.

O médico chegou e afastou as cobertas. Inclinando a cabeça por um instante, seu rosto, que mostrava a tranquilizadora calma profissional, ficou roxo ao reprimir a vontade de rir – ele era apenas capitão. Então mostrou o que sucedera: o coronel enfiara ambas as pernas em uma só perna do pijama. – John Masters, Bugles and a Tiger (Viking, ed.) 

Mais uma, agora fora da caserna:

Verificando que a combinação do cofre de seu escritório havia emperrado, o gerente de uma mina em Canon City, no Colorado, telefonou ao diretor da Prisão Estadual perguntando-lhe se algum de seus presos seria capaz de abri-la. Vinte minutos depois estavam no seu escritório um guarda e um penitenciário. Este virou o botão da combinação para um lado e para o outro algumas vezes, depois abriu a porta calmamente.

– Quanto o senhor acha que eu lhe devo? – perguntou o gerente da mina.

– Bom… – respondeu o preso – na última vez que abri um cofre “ganhei” 1.800 dólares! – W.T.L.

Para encerrar, outra bem longe da caserna.

Um funcionário encerrou assim uma discussão com um colega:

– Ora bolas, tu não sabe nada! Tu nem mesmo é ignorante! – J.G.P.

Em tempo: publicada mensalmente no Brasil pela Editora Ypiranga S. A. (Praça Pio X, 98, 11.º andar, Rio de Janeiro), a Seleções tinha como diretor-presidente Herbert Moses. Ele mesmo, o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Eleito em 1931, ocupou o cargo até 1965. Em 1957 recebeu o prêmio Maria Moors Cabot, da Universidade Columbia, que distinguia “os jornalistas que se destacam na luta pela liberdade de imprensa”. Foi também líder da comunidade israelita e presidente do Instituto Cultural Brasil-Israel.

ENQUANTO ISSO…

 

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]