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Paraná nas páginas
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Cheio de gosto pela História e pelas coisas paranaenses, o professor Afronsius ficou feliz da vida ao ler o número deste mês da Revista de História da Biblioteca Nacional.
– Estamos lá, dos tropeiros do Solera ao Museu do Olho, sem esquecer os professores da Universidade Estadual de Maringá, a UEM.
De fato. Na página 11, sob o título “Que bandeirante, que nada!”, a matéria conta que o tropeirismo pode virar Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco, e Patrimônio Imaterial, pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, do Ministério da Cultura).

A influência dos tropeiros

Ainda pouco conhecidos pela população, os tropeiros vêm ganhando reconhecimento. No final do século XVII, “eles foram responsáveis por transportar mercadorias no lombo de mulas em várias regiões do Brasil desde a descoberta de ouro e pedras preciosas”.
O pesquisador Carlos Solera, coordenador do projeto para transformar o Museu do Tropeiro, em Ipoema (MG), em centro de referência e documentação sobre o tema, diz que o material poderá estar pronto em 2014. “Estamos chamando pesquisadores de cada estado influenciado pelo tropeirismo para fazer inventários, mostrando as influências na alimentação, linguagem, nas roupas”.

Viagens duravam até dois anos

Os tropeiros, acrescenta Solera, começaram a trazer mulas da Região Sul em 1727. “Eles faziam uma viagem de cerca de dois anos até o estado de São Paulo. Como viajavam por todo o país, ajudaram a misturar as culturas”.
– Mais informações no site tropeirobrasil.com.br – acrescentou Natureza Morta, igualmente um apaixonado pelo tema.
Em Castro, onde existe desde 1977 o Museu do Tropeiro, primeiro do país, há mais de 1.000 peças, entre objetos de montaria, baús e documentação até do século XIX. “Falta um arquivo histórico para juntar todos os documentos”, diz Léa Maria Villela, diretor do museu.
– Aqui em Castro há coisas como um batizado original de 1762 e alguns processos de 1732.
A matéria da RHBN ressalta que “os tropeiros prometem, como é de seu feitio, rodar o país. E, quem sabe, o mundo…”

De olho no Museu do Olho

Na página 15, temos o Museu Oscar Niemeyer, o Museu do Olho, em Curitiba. Vai completar 10 anos de atividades em novembro. Conta com 3.000 obras de arte, entre elas peças de artistas renomados, como Tarsila do Amaral e Candido Portinari, além do próprio Niemeyer. A programação especial de aniversário contará com exposições de Paulo Leminski, Di Cavalcanti e Edgar Degas; ficará em cartaz até o fim do ano.

O verdadeiro pai do vampiro

Do MON para os vampiros. E a revista da BN, na matéria “Brasil, pai do vampiro” (nada a ver com o nosso Dalton Trevisan, o vampiro de Curitiba), na página 62, revela que “morcegos só chupam sangue nas Américas. Mas sua má fama já estava disseminada na Europa antes dos descobrimentos”.
O texto de Christian Fausto Moraes dos Santos, professor da Universidade Estadual de Maringá, Vítor de Souza Ferreira, da ONG Pé de Planta, e Lígia Carreira, professora da UEM, é, de fato, superinteressante.

Erva daninha, a origem

O leitor comum, caso do professor Afronsius e de Natureza, nem sempre do Beronha, fica sabendo, por exemplo, o que deu origem à expressão “erva daninha” quando os autores do texto colocam a questão da presença dos morcegos hematófagos (que se alimentam exclusivamente de sangue): segundo o historiador Alfred Crosby, no livro “O imperialismo ecológico”, a expressão erva daninha foi adotada somente para “condenar as plantas que florescem ‘no lugar errado’, ou seja, em meio a uma cultura agronômica humana”.
Assim, “em relação aos morcegos hematófagos, quem estaria ‘no lugar errado’ seria a espécie humana”.
De fato: tudo vai bem até que o ser humano entra em cena, concluíram Natureza Morta e o vizinho de cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha. Beronha, nosso anti-herói de plantão, foi visto saindo de mansinho. Dizem.

ENQUANTO ISSO…


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