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Um bicho de cinema
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De uma edição de 1957, da Seleções do Reader’s Digest, a Seção Achados&Perdidos garimpou um anúncio de um produto que ficaria famoso por conta própria e, também, pela ajudazinha uma pessoa que se tornaria mais conhecida ainda pelo tsunami Roliúde. À época do filme da M.G.M., a estrêla (grafia de então) teria 25 anos.

Sobre a atriz que ilustra a propaganda assinada pela agência Lintas, professor Afronsius recorreu à sua Enciclopédia (Caseira) de Cinema, os bem guardados recortes da Calçada da Memória, da revista Carta Capital. E lá está, em texto assinado por Rosane Pavam, edição de 26 de março de 2011, que Elizabeth Taylor “submetia completamente o público à sua atuação”.

– Ela se movia intuitivamente entre a beleza, o glamour e a fúria, embora não fosse atriz de muita técnica. Elizabeth Rosemond Taylor, que faleceria no dia 23 de 2011, em Los Angeles, aos 79 anos, de falência cardíaca, era um bicho de cinema. No momento de declínio do star system, era uma das únicas a manejar à vontade, e misteriosamente, as emoções dos compradores de bilhetes.

De Lassie à queda durante filmagem

– Fora um bicho de cinema porque, entre outras razões, habituara-se também a tirar força do convívio com os animais. Primeiro, posara ao lado de Lassie, depois, com repercussão inesperada, encenara a jóquei travestida de menino de A Mocidade É Assim Mesmo (1944, com Mickey Rooney). Sua mãe convencera a produção de que, frágil para o papel, a garota de 12 anos teria o cavalo em suas mãos no filme. A atriz, contudo, caiu no set, e a queda lhe rendeu problemas de coluna por toda a vida.

“O sucesso é como desodorante”, diz a estrela

Ainda do texto de Rosane Pavan:

– Estranha colecionadora de diamantes, até risível em sua opulência, ela também compreendia o poder transformador da arte cinematográfica. Jamais recusou os papéis difíceis e ganhou dois Oscar. Na vida, os oito maridos, o escândalo de ter roubado o marido da amiga Debbie Reynolds, Eddie Fisher, substituído sem dó por um magnético Richard Burton, tudo se somou naturalmente à concepção de sua figura artística e pública. “O sucesso é como um desodorante que apaga os odores do passado”, disse certa vez.

Pito em Ronald Reagan e George W. Bush

– Quem, além dela, daria um pito em Ronald Reagan por seu desprezo à causa da Aids? Ou recusaria o convite à participação na cerimônia de entrega do Oscar em protesto à guerra promovida por George W. Bush? Ou defenderia o amigo Michael Jackson de condenações por um crime por demais óbvio aos olhos do público?

Liz Taylor, “o animal de olhos cor violeta, e ninguém mais”.

……..

Elizabeth Rosemond “Liz” Taylor nasceu em Londres. No filme citado no anúncio, A Árvore da Vida (Raintree County), de 1957, direção de Edward Dmytryk, ela atuou ao lado Montgomery Clift e Eva Marie Saint.

ENQUANTO ISSO…

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