Acostumado no passado a conduzir uma partida de futebol no apito usando trajes apropriados de árbitro. Luizinho, 32 anos, teve que fazer uma escolha durante a curta carreira na arbitragem. Ele trocou o apito pelas chuteiras e optou por viver o prazer esportivo que também era dentro de campo, mas com a bola nos pés.
Formado há 13 anos no quadro de árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF). No profissional, Luizinho apitou uma partida entre Rio Branco e Coritiba na Estradinha, em Paranaguá. Depois, ele comandou algumas partidas no amador curitibano e logo em seguida decidiu parar com o apito.
Na infância atuou no juvenil do Coritiba e depois tentou a sorte no Guarani do Paraguai, em Assunção. Ficou apenas 6 meses e voltou para trabalhar em Curitiba.
“Troquei o apito pela chuteira por vontade própria. Meu robby é jogar futebol amador,” destacou Luiz Andreata Gandin.
Luizinho é o atual artilheiro da Série A na Suburbana, com 14 gols, vestindo a camisa 9 do Bangú.
Jé, do Urano, com 11 gols e Láercio, do Iguaçu, com 10, fazem a disputa acirrada na briga pela artilharia da competição.
Com faro de gol afinado, o jogador foi artilheiro por onde passou. Considerado o maior goleador que atuou nos campeonatos do Clube de Campo 3 Marias. O atleta, do Bangú, tem uma coleção de troféus e medalhas na estante de casa. No ano passado ele disputou a Suburbana e foi vice-artilheiro, da Série B, pelo União Ahú, com 18 gols.
No mesmo ano, o atacante apresentou seu cartão de visitas após marcar 5 gols na vitória do União Ahú por 5 a 3 no clássico do bairro contra o Pilarzinho.
“Luizinho demonstra uma personalidade muito forte. É companheiro, dedicado e está dando muitas alegrias aos torcedores do Bangú. Sua humildade me impulsiona a continuar trabalhando no futebol. As portas estarão sempre abertas para este jogador aqui no clube”, declarou o presidente Ronaldo Suchevicz.
Hoje, o ex-árbitro é consultor de vendas e faz consultoria cientifica de medicamentos com a classe médica na capital paranaense. Está há 15 anos na indústria farmacêutica.
Aos sábados, a missão do boleiro é balançar as redes dos adversários com a camisa do Bangú. O clube amador não possui estádio próprio e manda suas partidas no estádio Monte Bérico, campo que pertencente ao Flamengo. Mesmo sem treinar durante a semana, o Bangú conseguiu uma façanha nesta temporada. Realizou uma campanha de gala e conquistou o ponto extra na segunda fase da competição. No último sábado (21) com um time desfalcado de 5 titulares, os jogadores venderam caro a derrota por 3 a 2 para o Iguaçu. E, mesmo jogando isolado na frente, o camisa 9 Luizinho, conseguiu descontar, deixando a sua marca registrada.
“Temos um elenco que joga com alegria no Bangú. O Luizinho joga por amor a camisa e tem muita personalidade, além de ser um atleta de caráter e amigo para todas as horas. Ele teve proposta financeira para jogar em outros times, mas honrou a palavra e assinou conosco,“ elogiou o treinador Jeferson da Silveira Santos.
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