• Carregando...

Mesmo vivendo no século XXI, o Brasil ainda não se desvencilhou de muitas práticas e preconceitos de décadas atrás. Um exemplo disso está no mercado de trabalho. Ainda não avançamos neste setor porque a sociedade continua a valorizar a questão do ‘ter’ e não do ‘ser’. Mais ou menos como aquela velha frase, que infelizmente atravessou o século e ainda é atual: ‘O mundo trata bem quem se veste bem’.

Mas o que isso tem a ver com o mercado de trabalho? Tudo, eu diria. Embora a questão tenha evoluído nossos jovens continuam sendo orientados a buscar uma profissão que lhe dê uma posição, na qual possam ser chamados de ‘Doutores’, ou que possam ter a possibilidade de ‘poderio’. Pena, porque muitas vezes talentos são engavetados e pessoas muito competentes se tornam medianas, com pouca produtividade.

Este é um dos motivos os quais as profissões técnicas ainda não decolaram como o esperado em nosso país. Em épocas de ‘vacas gordas’, até poucos anos atrás, o Brasil amargava déficit de milhares de vagas técnicas, que sobravam em todas as áreas, pois faltavam pessoas formadas.

Isso aconteceu porque esqueceram de mostrar o outro lado da moeda aos nossos jovens e para nossas empresas: a profissão técnica não só é importante como também essencial para o mercado de trabalho. Um profissional com este perfil vai direto ao assunto, se bem formado, resolve e traz resultados palpáveis para a organização. Além disso, o técnico também pode vir a se tornar um gestor – se essa for a sua vontade – o que dificilmente um gestor faria o movimento contrário.

Mas a tendência é que esse tipo de atividade ganhe espaço no mercado de trabalho. As empresas tendem a ser menos preconceituosas, deixando de dar tanto valor a medição de seu público interno com métricas que mostram ‘quantos dos colaboradores têm curso superior’. Os valores das novas gerações também estão mudando, o que pressionará para que as pessoas venham a fazer mais o que gostam e não o que os outros querem que elas façam em suas carreiras.

Embora as profissões técnicas estejam presentes em todas as áreas, as oportunidades estão pipocando nos setores tecnológicos e cibernéticos. Nestas, inclusive, é muito bom ter pessoas que resolvam rapidamente as demandas do dia a dia.

Os salários, que aliás não são ruins, tendem a se equiparar com as demais profissões, sendo a produtividade um dos fatores a ser levado em consideração no momento de remunerar. A indústria certamente continuará sendo a grande empregadora destas pessoas, e sairá à frente a empresa que se der conta desse importante trabalho realizado pelos técnicos.

Aqui no Paraná, por exemplo, entre os grandes formadores técnicos está o Sistema S. Recentemente, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT) anunciou que vai ampliar suas unidades em todas as regiões do Estado, bem como construir novas unidades, como uma no Litoral do Paraná, tudo para dar conta da grande demanda de cursos técnicos que vêm pela frente.

Minha dica é que se você deseja dar uma mexida em sua carreia não deixe de analisar oportunidades técnicas. A tendência é de crescimento. Para as empresas a dica é repensar posições e valorizar mais quem coloca a mão na massa.

 

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]