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"Papel Cortado", títpico artesanato chinês
"Papel Cortado", títpico artesanato chinês| Foto:

Ni men hao,

你们好,

Ir para Pingyao não é muito fácil, mas vale a pena! Pingyao é uma cidade, estilo Paraty no Rio de Janeiro, só que com mil anos a mais! A cidade, fechada para carro (mas não para as famigeradas motinhos elétricas), é cercada por uma muralha de seis quilômetros construída na Dinastia Ming.

Nesta época, Pingyao era o centro econômico da China, mas caiu em desgraça, foi empobrecendo e ficou sem dinheiro para fazer modernizações. Conclusão: Pingyao é uma relíquia viva da China e foi considerada pela Unesco como Patrimônio Mundial.

Para chegar a Pingyao é preciso pegar um ônibus de Taiyuan que é a cidade com aeroporto mais próxima de lá. São quase 2 horas de viagem pelas estradas chinesas que se parecem muito com as brasileiras: mão e contramão, construções (ou desconstruções) por todo o caminho e muitos, muitos caminhões! Fora a buzinação sem fim!

Apesar das condições não serem das melhores, existe uma diferença enorme entre as estradas do Brasil e as da China (pelo menos das que conheci até agora): aqui, todo mundo anda devagar!

Na volta de Pingyao para Taiyuan, resolvemos pegar um taxi para facilitar um pouco nossa vida e poder desfrutar de mais algumas horas na cidade. O motorista engatou a primeira, segunda, terceira e alcançou a astronômica velocidade de 50 quilômetros por hora a qual foi mantida durante toda a viagem. Aquilo foi me dando uma irritação tão grande, que comecei a ensaiar um “daria para ir mais rápido” em mandarim. Só que, de repente, um caminhão do tipo betoneira saiu do acostamento do lado direito e se atravessou na nossa frente para pegar a pista da esquerda, no sentido ao contrário. Como nosso motorista estava apenas a 50 por hora, ele só precisou frear, esperar o caminhão passar e seguir viagem normalmente.

Nenhum “Vai para a…”, nenhum comentário entre os outros passageiros que dividiam o taxi conosco… vida normal.

Entenderam agora o porquê da velocidade? Os chineses sabem muito bem do que eles mesmos são capazes de fazer no trânsito, por isso, andam tão devagar. Aliás, venho desenvolvendo uma teoria de que Deus é chinês e não brasileiro, mas isso será assunto de um novo post.

Se quiserem brincar de olhar pela janela de um ônibus numa estrada chinesa, assistiam ao vídeo abaixo. Mas adianto desde já que é de uma monotonia sem fim!

http://youtu.be/ZsFUfjNV54c

Acho que a coisa mais legal de ter ficado em Pingyao foi o hostel. Lá mora uma família comum (pai, mãe, filhos, avó, cachorro, peixe…) que dividem com os hóspedes a área comum da casa: sala de jantar, sala de TV e cozinha. Isso nos deu a deliciosa oportunidade de experimentar o ambiente aconchegante de um lar chinês, principalmente considerando que a temperatura do lado de fora era de menos dois graus.

O quarto foi mais uma surpresa deliciosa! Eu e Mina dividimos, de novo, a mesma cama, só que desta vez havia espaço suficiente para uma família inteira dormir junta! A cortina, a colcha, a mesinha de centro, a pintura na parede, tudo nos levava a um passado que não conhecemos, mas conseguimos imaginar. Hospedar-me neste hostel fez com que eu me sentisse parte de uma família chinesa no que ela tem de mais brasileiro: o prazer de estar juntos.

 

Hostel em Pingyao

Hostel em Pingyao

A vóvo chinesa não era mais lúcida, mas gostou de ser ver no meu iPad e acabou tirando esta foto comigo. 

 

Quarto do hostel em Pingyao

Quarto do hostel em Pingyao

Numa cama deste tamanho, dormem facilmente 5 pessoas da mesma família. 

Sala, copa e cozinha do hostel em Pingyao

Sala, copa e cozinha do hostel em Pingyao

Os hóspedes que passaram pelo hostel foram deixando suas mensagens na parede da sala. Até um carioca já esteve por lá. 

 

As ruas de Pingyao são cheias de hostels e de lojas de bugigangas. É tanto penduricalho brilhante, que é preciso tomar cuidado para não ir embora da cidade com a mala cheia de tralha e sem uma foto sequer dos templos e portais maravilhosas que existem por lá.

Segundo o guia Lonely Planet a melhor época do ano para ir a Pingyao é durante o Lantern Festival (15 dias depois do ano novo),  quando os moradores colocam as lanternas vermelhas penduradas no lado de fora das casas. E, adivinhem em que época eu e Mina fomos? Sim! Vejam no vídeo e fotos abaixo.

Cidade de Pingyao

Cidade de Pingyao

 

Cidade de Pingyao

Cidade de Pingyao

http://www.youtube.com/watch?v=KyEg2b_tsQU&feature=share&list=UUcEusKFVSrDkO-pZti_l_pA&index=2

 

No meio das bugigangas, esta maravilha de artesanato chinês: Corte de Papel ou Jianzhi.

 

“Papel Cortado”, títpico artesanato chinês

Na categoria comendo em Pingyao, nós fizemos apenas duas refeições na cidade: o café da manhã e o jantar.

O café da manhã foi uma aula de culinária chinesa. Eu saí atrás de um restaurante que dizia “café da manhã ocidental” que eu havia visto na noite anterior. Mal podia esperar por uma xícara de café com leite e pão, só que às 08h30min a cidade inteira ainda estava dormindo. Menos uma senhorinha que cozinhava umas panquecas feitas na hora com recheio de porco ou legumes, à escolha do freguês. Do alto do meu preconceito e com base em algumas experiências mal sucedidas, escolhi a minha panqueca sem recheio mesmo.

Assistam ao vídeo e julguem vocês mesmos. E não percam a parte em que a senhorinha recebe o dinheiro e coloca a mão na massa, literalmente, logo em seguida!

http://www.youtube.com/watch?v=wD9hp3-0Kmg&feature=share&list=UUcEusKFVSrDkO-pZti_l_pA&index=4

No jantar-almoço comi a melhor comida caseira de todos os tempos! Arroz, dumpling, carne defumada e, obviamente, Tsingtao quente tomada em copinho de chá.

 

干杯

Ganbei!

Jantando em Pingyao

Próxima e última parada: Xi’An e Os Guerreiros de Terracota!

 

E, para os empreendedores que leem este blog, não se esqueçam de que a Feira do Cantão começa semana que vem. Para quem não se preparou, a SGBS tem a solução: SGBS – Canton Fair à Distância. Mais informações em nosso site http://www.sz-gbs.com/.

 

 

 

 

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