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Casa Vilanova Artigas é uma dos poucos exemplares da arquitetura modernista preservados em Curitiba | /
Casa Vilanova Artigas é uma dos poucos exemplares da arquitetura modernista preservados em Curitiba| Foto: /

A Casa Vilanova Artigas, um dos poucos exemplares privados de casas modernistas em Curitiba, funciona como um espaço cultural dedicado a seu criador, o arquiteto curitibano João Batista Vilanova Artigas (1915–1985), há mais de uma década.

Reconhecido por projetos marcados por uma orientação política de esquerda, Artigas foi fortemente influenciado pela mulher, Virginia Camargo Artigas, uma militante feminista que, dizem, não foi tão bem recebida na família do jovem João.

Veja algumas obras que serão expostas.

Agora, o público pode conhecer um pouco da obra da pintora, gravadora, escultora e desenhista na exposição Artigas Recebe Virginia, que será inaugurada quinta-feira (7) junto com o Virginia Bistrô, no mesmo espaço.

Os quatro desenhos e seis xilogravuras foram cedidos pela filha de João e Virginia, Rosa Artigas. As obras, que estão com a família, nunca tinham sido exibidas em uma exposição.

“Foi uma surpresa muito gentil. A Virginia foi uma grande artista, uma feminista, que sempre defendia e retratava a mulher em suas obras, e que agora faz parte dessa casa também”, fala a arquiteta Giceli Portela, que comprou o local em 2002 para instalar seu escritório, e o transformou também em espaço cultural. Os trabalhos da artista impressionaram tanto que devem fazem parte de uma grande exposição sobre Vilanova Artigas, em agosto, no Museu Oscar Niemeyer.

Artigas Recebe Virginia

Virginia Bistrô (R. da Paz, 479), (41) 3019-0511. Inauguração quinta-feira (7), ao meio-dia. Visitação de 5ª a sáb., das 12h às 23 horas; dom., das 12h às 18 horas. Sem data para terminar.

Sempre estamos à cata de ideias para reinventar e deixar a casa viva. Um patrimônio precisa ser usado com dignidade e partimos sempre da ideia que só o uso conserva.

Giceli Portela, proprietária da casa.

Virginia, que estudou desenho com o italiano Antonio Rocco, teve contato com artistas como Alfredo Volpi durante cursos livres na Escola de Belas Artes de São Paulo. Foi quando ela conheceu Artigas. Ele, segundo Giceli, acreditava que era necessário saber de arte para ser um bom arquiteto.

Nos anos 1940, ela também estudou escultura e começou uma série de exposições em locais como sindicatos, galerias e museus. Realizou uma mostra sobre tortura que percorreu a Europa, mas nunca foi exibida no Brasil.

Mesas

O Virginia Bistrô, de 50 lugares, homenageia a artista. O lugar servirá almoço, jantar e café ao longo da tarde.

Quem for em um grupo maior, terá o privilégio de almoçar na copa, projetada para as refeições diárias – as outras mesas estão dispostas no local onde era a sala de jantar (Artigas fez a residência para o médico João Luiz Bettega, em 1949).

Para abrigar a cozinha operacional, criaram uma caixa de vidro removível que foi anexada sem interferir na arquitetura original.

Além do Bistrô Virginia, a Casa Vilanova Artigas deve manter uma programação cultural com visitas guiadas, palestras e uma livraria especializada em arquitetura.

“Sempre estamos à cata de ideias para reinventar e deixar a casa viva. Um patrimônio precisa ser usado com dignidade e partimos sempre da ideia que só o uso conserva”, diz Giceli.

  • O Bistro Virginia será abrigado pela Casa Vilanova Artigas.
  • Parte do espaço da Casa, que abriga uma livraria especializada em arquitetura.
  • Além de almoço e jantar, o empreendimento também servirá café ao longo da tarde.
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