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Contando escolas, universidades, academias e projetos sociais, são mais de 214 pontos de capoeira em Curitiba. Surpresa até para os responsáveis pelo livro Curitiba Entra na Roda, que será lançado hoje, às 15 horas, no Memorial de Curitiba.

"Encontramos uma capoeira diversa e plural, espalhada por todo o território da cidade", conta Magda Mascarello, estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que colaborou na produção do livro. A autoria é compartilhada pela também estudante de Ciências Sociais Ariana Guides, pelo mestre Miguel Novicki e pela professora de Antropologia Liliana Porto.

Dividido em duas partes, a primeira traz um mapeamento de todos os lugares onde se pratica capoeira na cidade. A segunda, uma sequência de perfis de dez mestres, de diversas procedências, que são importantes para a história da capoeira curitibana. "Nos preocupamos que o livro fosse uma narrativa deles, a partir e com a voz dos mestres", ressalta Magda.

O mestre Geodeni Silveira, natural de Apucarana e de origem indígena, dá aulas de capoeira desde 1982, quando chegou a Curitiba, na Penitenciária Central do Estado do Paraná. Livre desde 1998, após cumprir 16 anos de sentença, Silveira continua ministrando aulas, e considera o livro um importante avanço na compreensão da identidade cultural do Paraná e do Brasil.

Curitiba Entra na Roda resgata a história da capoeira a partir da década de 1970 e também faz um retrato atual de como ela acontece hoje. Jorge Luiz de Freitas, ou Piriquito Verde, formou-se em Educação Física pela PUCPR e dá aulas de capoeira há 30 anos – hoje, na Universidade Positivo. "A capoeira é adaptável, se transforma de acordo com cada região e o momento", comenta.

Para a coordenadora do Departamento de Antropologia da UFPR, Liliana Porto, Curitiba Entra na Roda marca a capoeira da cidade no cenário nacional e oferece uma importante contribuição na afirmação da cultura afrobrasileira na cidade.

Serviço:

Curitiba Entra na Roda. Lançamento hoje, às 15 horas, no Memorial de Curitiba (R. Claudino dos Santos, 79 – São Francisco), (41) 3321-3313. Entrada franca.

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