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Desce daí, menino: Gordon-Levitt no papel de Philippe Petit, o equilibrista que ensinou os nova-iorquinos a amar as Torres Gêmeas. | Divulgação
Desce daí, menino: Gordon-Levitt no papel de Philippe Petit, o equilibrista que ensinou os nova-iorquinos a amar as Torres Gêmeas.| Foto: Divulgação

Se você tem medo de altura, mas é fã de grande cinema, vai precisar equilibrar esses sentimentos para assistir “A Travessia”, novo filme de Robert Zemeckis que estreia em circuito comercial nesta quinta-feira (8).

Confira no Guia onde assistir ao filme

O filme que foi lançado na abertura do Festival de Cinema de Nova York no mês passado é narrativa em tom de fábula sobre uma grande façanha em uma grande cidade.

Filme tem um efeito semelhante ao de Petit sobre o povo de NY

“A Travessia” é à prova de spoilers. Todos já sabemos que mesmo contra todos os prognósticos, o equilibrista não cai (ao contrário das Torres Gêmeas) no fim da história

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Nisso, é herdeiro da melhor tradição do cinema americano – de Frank Capra a Steven Spielberg (e já se coloca como favorito a uma penca de prêmios no Oscar).

A linguagem com tons de fantasia, produção impecável e mensagem positiva de redenção são a matéria-prima dessa tradição.

Zemeckis sabe usá-las para contar a história real de Philippe Petit, o equilibrista francês que, numa espécie de “atentado artístico”, atravessou por um cabo de aço os 60 metros que separavam as Torres Gêmeas do World Trade Center ainda inacabadas, no centro de Nova York, no ano de 1974.

A façanha já havia sido tema do documentário “O Equilibrista”, de James Mars, vencedor do Oscar de em 2009. Neste belo filme, porém a história é contada por depoimentos e fotos, pois a travessia não foi filmada.

“Adoro tentar fazer algo que é difícil”

Entrevista com Joseph Gordon-Levitt, astro de “A Travessia”

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E aqui entra o maior mérito de Zemeckis (diretor de sucessos como “De Volta Para o Futuro” e “Forrest Gump”), que reconstitui com efeitos digitais inacreditavelmente reais os prédios destruídos pelo atentado de 11 de setembro de 2001 e convida o espectador a fazer a travessia com Petit.

O resultado pode fazer o espectador passar mal na poltrona do cinema; o realismo da sensação, aumentado pela projeção em 3D (nesse que talvez seja o filme que melhor uso fez dessa tecnologia), fez pessoas passarem mal em salas de cinema americanas.

Mas se isso não for problema para você, a segunda metade é uma experiência imperdível, inovadora e poética, da união do cinema com a tecnologia.

Que supera com folga alguns problemas de roteiro, interpretações e direção da primeira metade do filme, quando Petit (Joseph Gordon-Levitt) narra de cima da Estátua da Liberdade e em tom de conto de fadas, como planejou sua empreitada e recrutou os cúmplices que o ajudaram a burlar a segurança no WTC.

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Assista ao trailer de “A Travessia”:

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