Se existe um assunto sobre o qual Hollywood adora falar sobre, é Hollywood. Nos últimos quatro anos, três dos vencedores de Oscar de melhor filme são sobre a indústria do cinema - “Birdman”, “Argo” e “O Artista”. Este ano temos “Trumbo”, o novo filme de Jay Roach (“Entrando Numa Fria”, “Austin Powers”), que com certeza entrará nas apostas para ano que vem.
“Trumbo” conta a história de Dalton Trumbo, escritor de notáveis roteiros na época áurea de Hollywood. Entre seus maiores sucessos estão “A Princesa e o Plebeu” (1953), “Papillon” (1973) e “Spartacus” (1960). Mesmo sendo um escritor de sucesso, Trumbo se recusou a prestar depoimento ao Comitê de Atividades Antiamericanas do congresso nos anos 1940, foi preso e banido dos estúdios de cinema.
Bryan Cranston (o Walter White da série “Breaking Bad”) interpreta o protagonista e é acompanhado por um grupo estrelar de coadjuvantes: John Goodman, Helen Mirren, Diane Lane, e Louis C.K. Em uma mistura de comédia, drama e biografia, o enredo mostra o isolamento sofrido pelo grupo dos Hollywood Ten, acusados de serem agentes comunistas infiltrados. Passaram-se doze anos de muita perseguição e paranoia até Kirk Douglas usar sua influência dentro de Hollywood para trazer o nome de Trumbo novamente às telas com o roteiro de “Spartacus”, dirigido por Stanley Kubrick.
Trumbo é recheado de momentos cômicos e boa atuação até dos atores desconhecidos. É uma homenagem sincera aos dez grandes artistas que, acusados sem provas, quase acabaram em ostracismo. Será um queridinho dos membros da Academia na hora da votação ano que vem, mesmo que seja como um tributo aos que sofreram neste período conturbado da história americana.
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