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Uma das coisas mais peculiares da série americana “Power Rangers”, que estreou em 1993, é a referência explícita ao gênero tokusatsu, aquele mesmo, de títulos como “Jaspion”, “Jiraiya”, “Flashman” e “Changeman”, que fizeram parte da programação básica infantil nos anos 1980 e 1990. Por isso, o trailer do filme que adapta a história (estreia em 23 de março) é um tanto decepcionante para os veteranos: os rangers versão 2017 estão bastante ‘anabolizados’ e pouco reverentes às raízes nipônicas.

Os uniformes, antes capacetes e collants, combinavam mais com o estilo ginasta exigido dos personagens história original. Lá, eles se esforçavam em aniquilar monstrinhos alienígenas só para, minutos depois, precisar montar robôs gigantescos para enfrentar o inimigo que voltava também em dimensões colossais. Agora, mesmo quando fora dos robôs, os heróis parecem, eles mesmos, grandes máquinas vagarosas. Fica até difícil enxergar as cores de suas armaduras metalizadas. Como localizar agora a ranger cor-de-rosa em meio às batalhas? Estragou velhas memórias e talvez não empolgue um novo público, já que não se diferencia entre outros live action de heróis.

O filme (o segundo da série, que rendeu também um longa em 1995) mantém elementos originais da série, como elenco que inclui diferentes etnias, além dos nomes dos personagens. A produção, dirigida pelo sul-africano Dean Israelite, escalou rangers desconhecidos do grande público: Dacre Montgomery (Jason), RJ Cyler (Billy), Naomi Scott (Kimberly), Becky G (Trini) e Ludi Lin (Zack).

Rita Repulsa, uma das grandes vilãs da história, está nas mãos competentes de Elizabeth Banks (“Jogos Vorazes” e “A Escolha Perfeita”). Do trailer, que se concentra em apresentar os guerreiros, não dá para julgar como ela deve se sair. Bryan Cranston, com seu vozeirão, é o novo Zordon, responsável por aconselhar os rangers.

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