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Patrícia Pillar esteve no velório de Waldick Soriano | G1
Patrícia Pillar esteve no velório de Waldick Soriano| Foto: G1

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Foi enterrado no começo da tarde desta sexta-feira (5) o corpo do cantor e compositor Waldick Soriano. "O homem quando chora tem no peito uma paixão", já dizia a música. E a paixão de homens e mulheres, amigos, familiares e fãs que estiveram nesta sexta-feira no Cemitério do Caju, Zona Portuária do Rio, era o cantor Waldick Soriano, autor de "Eu não sou cachorro, não".

Ele foi enterrado por volta das 15h depois de ter sido velado na Câmara Municipal, de onde saiu, sob aplausos e ao som de seu maior sucesso: "Eu não sou cachorro, não".

Pela manhã, fãs e amigos compareceram ao velório. Ao se despedir do amigo, a atriz Patrícia Pillar se emocionou diante do caixão e cumprimentou a família.

"Vou sentir saudades", desabafou a atriz, que produziu um documentário sobre o cantor, "Waldick, Sempre no Meu Coração". A despedida em vida aconteceu no último sábado (30), na casa do compositor.

"Estive lá, passamos a tarde juntos, nos divertimos, vimos televisão... No domingo ele foi internado", lembra ela.

Documentário acabou em amizade

Patrícia contou que era fã do cantor desde o tempo em que ele cantava no programa do Chacrinha e que, da produção do documentário, nasceu a amizade entre os dois.

"Foi uma relação que fui conquistando aos poucos. Ele era muito durão e foi amolecendo. Hoje me sinto como uma pessoa da família", contou. "Ele era um ídolo popular muito querido das pessoas. Elas se identificavam com o que ele dizia nas letras e com sua história de vida", resume Patrícia.

Luta contra o câncer

Waldick morreu na manhã de quinta-feira (4), depois de lutar por mais de dois anos contra um câncer na próstata.

Centenas de fãs já estiveram no velório para prestar a última homenagem ao cantor. Entre eles, o cantor e vereador Agnaldo Timóteo.

"Ele era uma lenda, pelo seu talento, elegância e seu jeito. Nós, cantores românticos, estamos virando uma espécie em extinção", disse Agnaldo.

Padre tira foto em velório

Nem o padre que esteve no local para benzer o corpo do cantor se conteve na tietagem. Depois de dar à família uma medalha da Congregação dos Padres Sacramentinos, ele pediu para uma fã que batesse uma foto sua ao lado do caixão.

Uma das primeiras a chegar ao velório, ainda na quinta-feira (4), a dona-de-casa Maria Luiza Souza da Silva, de 72 anos, puxava coro de músicas do cantor, como a clássica "Eu não sou cachorro não".

Último desejo

A viúva Walda lamentou não ter conseguido satisfazer o último desejo de Waldick, que era oficializar a união de 38 anos. As alianças para o casamento chegaram a ser compradas há cerca de 15 dias.

"Ele era um homem que não se deixava abater. Mesmo há quatro meses de cama, estava sempre brincando, contando piadas e tentando levantar o astral da gente", disse Walda.

Saúde fez cantor se mudar para o Rio

A família conta ainda que por causa do seu estado de saúde, o cantor, que vivia em Fortaleza, veio para o Rio em abril.

Nascido em Caetité, no sertão da Bahia, Waldick tinha mais de 40 anos de carreira e entre os seus sucessos estão "Eu não sou cachorro, não" e "Tortura de amor". Antes de se tornar cantor, ele chegou a ser peão, motorista de caminhão e garimpeiro.

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