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Rapper rodeado por fãs na favela do Canão, em São Paulo. | Divulgação
Rapper rodeado por fãs na favela do Canão, em São Paulo.| Foto: Divulgação

Fica em cartaz no Espaço Itaú de Cinema até a próxima quarta-feira (11), com sessões diárias gratuitas às 19h40, o documentário Sabotage – O Maestro do Canão, que fala sobre a vida e a carreira artística do rapper paulistano morto aos 29 anos, em 2003.

O filme reúne depoimentos de nomes como os colegas de ofício Mano Brown, Rappin’ Hood e Thaíde, que reverenciam a marca deixada pelo artista no rap brasileiro em sua carreira meteórica, e gente do cinema como os diretores Beto Brant (O Invasor, 2001) e Hector Babenco (Carandiru, 2003) e o ator Ailton Graça, que falam sobre a passagem promissora de Sabotage. E, o mais importante, um depoimento do próprio Mauro Mateus dos Santos, o Sabotage, registrado pelo diretor Ivan 13P cinco meses antes da morte do rapper, assassinado a tiros por razões nunca plenamente esclarecidas.

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Uma das suspeitas é que a execução tenha ligação com o período em que esteve envolvido com o tráfico de drogas – fase que era reconhecida pelo próprio Sabotage. Tampouco o documentário procura ocultar este capítulo na reconstituição que faz da vida dramática – a pobreza levou o artista ao crime – antes do convite de Rappin’ Hood e Sandrão, do grupo RZO, para voltar ao rap por volta de 1998. Mas o que salta aos olhos nos testemunhos e imagens de arquivo é o talento e a fluência acima da média do rapper – que era influenciado tanto por nomes do hip-hop quanto por artistas como Bezerra da Silva, Chico Buarque, Iron Maiden e Noel Rosa. E também sua capacidade de cativar e agregar, além da sua facilidade para transitar entre diferentes campos artísticos e sociais.

Conforme lembra Thaíde no documentário, a figura de Sabotage rompeu barreiras entre o rap e outros setores. Ele parecia agarrar todas as oportunidades de ocupar novos espaços para que suas mensagens sobre os perigos das drogas e da criminalidade alcançassem um maior número de pessoas –”a molecada”, conforme ele diz, pouco depois de ser retratado sendo seguido por uma turma de pequenos discípulos na favela do Canão, na zona sul de São Paulo, provavelmente na melhor cena do filme. GGG

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